segunda-feira, 30 de julho de 2012

Supersimples completa cinco anos e atinge 6,5 milhoes de empresas


A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (30) que o sistema simplificado de tributação conhecido como Supersimples, ao completar cinco anos, atingiu a marca de 6,5 milhões de adesões de micro e pequenas empresas e de microempreendedores individuais.
No programa semanal Café com a Presidenta, ela lembrou que a adesão ao Supersimples permite acesso a um regime tributário diferenciado, simplificado e com impostos reduzidos. Segundo Dilma, apenas as micro e pequenas empresas que aderiram ao sistema são responsáveis por um em cada quatro empregos com carteira assinada no Brasil.
“Como o próprio nome já diz, o Supersimples simplifica a burocracia e diminui a carga de impostos, reduzindo custos e facilitando a formalização. Isso é importante porque essas empresas são grandes geradoras de oportunidades de trabalho, renda e riqueza em todo o país”, destacou.
De acordo com a presidenta, o número de microempreendedores individuais também vem crescendo e passou de 1 milhão no ano passado para 2,2 milhões em 2012. Dilma ressaltou que profissionais como cabeleireiros, doceiros e mecânicos podem se cadastrar por meio do site www.portaldoempreendedor.gov.br. Em seguida, o trabalhador emite um carnê para pagar a contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que representa 5% do salário.
“É preciso pagar essa contribuição todos os meses para que eles tenham os seus direitos assegurados – direitos como a licença maternidade, a aposentadoria por idade e o auxílio doença. E, é claro, o direito de emitir nota fiscal, de ter acesso ao crédito mais barato e de ter seu negócio totalmente legalizado”, destacou Dilma.

Suape vai investir em mobilidade


O Complexo de Suape vai desembolsar R$ 51 milhões para começar a tirar do papel seu plano de mobilidade, que prevê um sistema integrado de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) e ônibus convencionais. O projeto foi apresentado ontem, no Suape Businees Meeting, evento corporativo organizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) do Recife.
Ainda conceitual (ver arte abaixo), o sistema irá exigir a construção de duas estações de VLTs, na Cidade Garapu e na rodovia PE-28, ambas no Cabo de Santo Agostinho, e a reforma da que hoje se encontra no Engenho Massangana, dentro das terras de Suape. Abarca ainda a construção de pátios para ônibus e adaptação do trilho de trem até Massangana para VLT.
Tudo isso levará oito meses para ser viabilizado, segundo estimativas do diretor de Planejamento e Urbanismo do Complexo de Suape, Jaime Alheiros. O dinheiro para dar início ao projeto faz parte do empréstimo de R$ 920 milhões contratado junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cuja primeira parcela (de R$ 357 milhões) deverá entrar nos cofres do Estado na primeira quinzena de agosto.
“É um sistema economicamente viável, assim como sua implantação. O principal ponto é permitir flexibilização de horários de tráfego no Complexo, tornando as vias mais livres e mais eficientes”, comentou Alheiros. À Suape cabe bancar a infraestrutura.
Operação e aquisição dos trens ficam à cargo da Companhia Brasileira de Trens Urbanops (CBTU) e ao Consórcio Grande Recife”, acrescentou o diretor.
Ir até Suape é um problema para os trabalhadores do Complexo. Apenas quatro linhas convencionais de ônibus “passam” por lá – não chegam a “atender”. Para ter seus funcionários no horário, as empresas precisam arcar com o custo de fretar o transporte – esse tipo de veículo responde por 90,5% de todos os que trafegam em Suape. Entre 6h e 8h e entre 16h30 e 19h, os engarrafamentos são crônicos.
O projeto começou a ser traçado em 2009, na época de elaboração do Plano Diretor de Suape. Foi montado por um grupo de trabalho composto pela CBTU, Consórcio Grande Recife e Departamento de Estradas e Rodagens de Pernambuco (DER-PE), além das prefeituras de Ipojuca e Cabo.
Dentre suas vantagens, está o fato de a tecnologia VLT já está operando no Estado (o sistema está em fase pré-operacional, funcionando todos os sábados ligando as estações de Cajueiro Seco e Cabo). A tarifa para o passageiro deverá ser baixa e o sistema pode atender de forma organizada todas as áreas do Complexo, do polo naval da Ilha de Tatuoca à Refinaria Abreu e Lima.
Porém, ampliar a cobertura de VLT requer investimentos elevados, ponderou Alheiros. Além de que a implantação de linhas do tipo Circular – que funcionariam de forma semelhante às que atendem o Centro do Recife – requer precisão, para evitar que os passageiros passem muito tempo esperando nas paradas ou estações.
Por Jornal do Commercio – PE