sábado, 30 de junho de 2012

Sebrae promove Semana do Empreendedor Individual

Quarta edição de evento será realizada de segunda-feira (02) a sábado (07), em todas as capitais e em mais de 200 municípios

Nesta segunda-feira (02), começa em todo o país a 4ª Semana do Empreendedor Individual (EI). Promovida pelo Sebrae, a mobilização nacional vai capacitar os profissionais já formalizados e incentivar os trabalhadores por conta própria a sair da informalidade. O objetivo do evento, que vai até sábado (07), é contribuir para o desenvolvimento e a sustentabilidade desses negócios.

"Já são mais de 2,5 milhões de Empreendedores Individuais formalizados no Brasil, em apenas três anos. Mas a formalização é apenas o primeiro passo, o foco do Sebrae é capacitar a gestão desses negócios para que eles possam se desenvolver", afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

Durante a mobilização, o Sebrae atenderá aos empreendedores em tendas instaladas em locais públicos de grande circulação em todas as capitais e em algumas cidades do interior. Nas tendas, os empreendedores receberão orientações sobre como se formalizar e poderão participar de cursos e palestras.

Haverá espaço também para atender ao EI formalizado, com orientações relacionadas à gestão dos negócios e oportunidades de crédito. A capacitação desse público, por meio das Oficinas Sebrae Empreendedor Individual (SEI), conjunto de soluções em gestão e fortalecimento dos negócios voltado para a categoria, estão previstas a partir deste período.

De acordo com a gerente de Atendimento Individual do Sebrae, Jaqueline Almeida, ao todo serão 277 pontos de atendimento e cerca de 300 oficinas do programa SEI. "O EI é uma figura jurídica muito importante para o país. O fato de estar no mercado de forma legal aumenta as chances de crescer e prosperar. O pequeno negócio de hoje pode se tornar uma grande empresa amanhã", disse.

Na programação do evento estão previstos ainda o atendimento e a orientação com foco diferenciado para os EI que são também beneficiários do programa do governo federal Bolsa Família. São informações sobre as melhores práticas para evitar a inadimplência, como pagamento de taxas e preenchimento de declaração anual, divulgação de oportunidades de crédito, e divulgação do programa Negócio a Negócio. A meta é formalizar 67,9 mil novos EI e atender a 59,4 mil empreendedores registrados.

Após a Semana do EI, o Sebrae lança em Brasília a modalidade virtual do SEI. O projeto será lançado nas modalidades: cartilha impressa e em formato áudio-livro, capacitação via mensagens de celular (SMS) e pela internet. O objetivo é ampliar o uso do SEI pelos clientes que não têm condição de participar presencialmente ou que preferem a flexibilidade de horário do estudo a distância.

Outras edições

Na primeira edição do evento, realizada apenas nas capitais brasileiras, em outubro de 2010, foram registradas 46,5 mil formalizações. A segunda edição aconteceu em novembro do mesmo ano nas cidades do interior e formalizou 28,8 mil empreendedores. Na terceira semana, realizada de 27 de junho a 2 de julho de 2011, foram formalizados 47,4 novos empreendedores individuais. 

domingo, 17 de junho de 2012

Estudo mapeia perfil do administrador brasileiro

Pesquisa foi realizada pelo Conselho Federal de Administração em parceria com a FIA

Homem jovem, com renda mensal entre 3,1 a 10 salários mínimos, empregados de empresas de grande porte do setor privado. Esse é o perfil do Administrador de Empresas revelado pela "Pesquisa Nacional sobre o Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador 2011". O levantamento realizado pelo Conselho Federal de Administração (CFA) em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA) acaba de ser divulgado e aponta tendências para a profissão de Administrador no país.

A pesquisa ouviu mais de 21.110 pessoas em todo o país entre Administradores, professores e coordenadores do curso de Administração e empresários. Apesar do levantamento apontar que a maioria – 65% - é formada por homens, a pesquisa revela que participação feminina é crescente na profissão, tendo elas atingido 35% de participação em 2011.

Para 25,41% dos 17.982 Administradores entrevistados o que motivou a escolha do curso de Administração foi o interesse em ter uma formação generalista e abrangente. Hoje em dia a pessoa está mais preocupada com as oportunidades que o mercado de trabalho vai oferecer. Por isso, a vocação já não pesa na hora de decidir a carreira.

Outro dado relevante é que a remuneração mensal do Administrador, em termos do total Brasil, situa-se entre 3,1 e 10 salários mínimos (43,37%), com a média aproximada de 9,75 salários mínimos. No entanto, foram observadas diferenças significativas na remuneração entre gêneros, empresas públicas e privadas, empresas micros, pequenas, médias e grandes e entre regiões do país.

O setor privado ainda é o que mais emprega Administradores de Empresa (58%). Nesse segmento, a maioria dos entrevistados – 46% - afirmou que trabalha em empresa de grande porte e 21,84% dos profissionais ocupam cargo de gerência.

Áreas de atuação - Cerca de 85% dos Administradores estão concentrados nas áreas de serviços em geral, indústria, comércio varejista, consultoria empresarial, instituições financeiras e serviços hospitalares e da saúde. O setor de serviços continuou sendo o que emprega maior número de Administradores, seguido do industrial.

Formação – Dos Administradores entrevistados pela Pesquisa, 84,18% concluíram o curso de Administração em instituição de ensino superior privada e informaram que o curso atendeu suas expectativas. Se, por um lado, os Administradores declaram-se satisfeitos com o que aprenderam nos cursos de graduação, por outro demonstraram ter encontrado dificuldades quando de seu ingresso no mercado de trabalho, pela falta de conteúdos nas disciplinas que os aproximassem das práticas.

O desenvolvimento do empreendedorismo, a gestão ambiental/ desenvolvimento sustentável e a gestão pública também foram indicados como novos conteúdos capazes de dinamizarem os projetos pedagógicos dos cursos de Administração. Já a Educação a Distância (EAD), apesar de estar em expansão, ela ainda não é bem aceita como modalidade de ensino, na opinião dos Administradores e dos Coordenadores/Professores participantes da pesquisa.

Com relação aos cursos de pós-graduação a maioria dos Administradores que participaram da pesquisa possui curso de especialização (75,33%) e pretende continuar seu aprendizado e atualização nas áreas da administração.

Características profissionais – A Pesquisa realizada pelo CFA aponta que o Administrador é um profissional com visão ampla da organização, tendo sido apontada como a característica predominante na sua identidade profissional pelos três segmentos da pesquisa: Administradores, Coordenadores/Professores de Administração, Empresários/Empregadores.

O comportamento ético é a atitude mais valorizada pelos entrevistados. Saber administrar pessoas e equipes e ter bom relacionamento interpessoal são as competências e habilidades apontadas como essenciais entre o público da pesquisa.

Tendências - Os empresários entendem que, nos próximos cinco anos, as áreas mais promissoras para a contratação de Administradores são: serviços, administração pública direta e indireta e indústria. Na fase da pesquisa qualitativa ficou claro, ainda, que existem oportunidades de trabalho para o Administrador como consultor nas micro e pequenas empresas.

As áreas mais promissoras para a contratação de Administradores, em termos de resultados gerais para o Brasil, são as de consultoria empresarial, serviços em geral e administração pública indireta, tendo, no entanto, sido observadas significativas diferenças regionais. Na Região Centro-Oeste, por exemplo, há uma crescente oportunidade na área do agronegócio. Já na Região Norte, umas das áreas com potencial para empregar Administradores é a do Comércio Atacadista.

Essa foi uma das maiores pesquisas, se não a maior realizada por meio da internet em todo o Brasil. Tivemos participação maciça dos profissionais de Administração. Por meio da pesquisa conseguimos levantar informações sobre o ensino da Administração, as tendências profissionais para os Administradores, entre outros. Um verdadeiro raio X.

Ações do Sistema CFA/CRAs - Uma vez traçado o raio X da profissão, o Sistema CFA/CRAs, de posse desses dados, delineará ações a curto, médio e longo prazos para melhorar ainda mais esse cenário, além de promover e dignificar a profissão e o ensino da Administração de todo o país. É nossa missão propor iniciativas coerentes com a realidade, mas antecipando futuro já que a expansão dos mercados mundiais é um desafio e, para estar preparado às mudanças, precisamos pensar em diretrizes de desenvolvimento para os profissionais de Administração. A pesquisa também servirá de guia para gestores públicos e privados, professores e profissionais de Administração que desejarem fazer a diferença.


sábado, 16 de junho de 2012

Governo do Estado, Prefeitura de Caruaru e concessionárias passam por sabatina da MetroShacman


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Depois de dois dias de intensas reuniões, os executivos representantes da Shaanxi Automobile Group CO., Ltd, da Shacman, da MetroEuropa e da Weichai (fábrica de motores e controladora da Shacman) deixaram com o Governo do Estado, Prefeitura de Caruaru, concessionárias de serviços públicos e integrantes do Sistema S as primeiras “lições de casa” para a efetivação do projeto da montadora de caminhões e ônibus MetroShacman no município do Agreste Central. O acerto geral, após os encontros, foi de que as demandas por informações fossem enviadas o mais breve possível, para as instituições locais entregarem as respostas à AD Diper, que uniformizará os relatórios.

Hoje, o grupo está no Rio de Janeiro, onde participa de reunião com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sendo ciceroneado pelo presidente da AD Diper, Márcio Stefanni. Ontem (13.06), os investidores passaram a manhã sabatinando os presidentes da Compesa, Roberto Tavares e Celpe, Luiz Antonio Ciarlini, e o diretor técnico-comercial da Copergás, Jailson Galvão, a respeito das estruturas existentes, o que poderá ser ampliado ou feito para atender a demanda do empreendimento.

O presidente da Compesa, por exemplo, explicou como funciona o abastecimento de água e tratamento de resíduos em Caruaru e assegurou que o fornecimento estimado pelo empreendedor é perfeitamente adequado ao que a companhia pode ofertar.

Na sequência, as perguntas foram direcionadas ao secretário de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, Antonio Carlos Maranhão, à secretaria executiva de Trabalho e Qualificação, Angella Mochel e ao diretor regional do Senai em Pernambuco, Sérgio Gaudêncio. O secretário relatou como funciona o sistema de formação de mão de obra técnica no estado, fez projeções sobre número de alunos formados em cursos técnicos de interesse para a montadora e de formandos em engenharias. Os chineses também questionaram sobre a legislação trabalhista, custo de mão de obra e o ambiente sindical existente, etc.

Encerrando a manhã, o superintendente do Banco do Nordeste em Pernambuco, Sérgio Maia, fez uma explanação sobre a instituição e seus diferenciais, enquanto banco federal estabelecido na região, e se colocou à disposição da equipe financeira da MetroShacman para fazer simulações. Por fim, Roberto Abreu, secretário executivo de Desenvolvimento de Negócios da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, apresentou os incentivos fiscais federais e estaduais, também se comprometendo a detalhar exemplos aos investidores, demonstrando como os benefícios funcionam na prática.

No primeiro dia da visita (12.06), a comitiva sobrevoou Suape e Caruaru, tendo reuniões nos dois locais. À tarde, foi feita uma vistoria no terreno (km 51, da BR 104), já declarado de utilidade pública, e uma apresentação institucional das potencialidades de Caruaru, sob comando do prefeito José Queiroz. À noite, a comitiva foi recebida para um jantar com o governador Eduardo Campos, no Palácio do Campo das Princesas.

“A Metro e a Shacman são parceiras há 20 anos e discutem essa planta, entre si, há cinco. Eles pensam no Brasil como sua base para a América e África. Pernambuco se pauta pelo desenvolvimento de suas regiões. A Shacman poderá ser a âncora para muitos outros investimentos em Caruaru”, declarou o presidente da AD Diper.

SOBRE AS NEGOCIAÇÕES – As negociações da Shacman com o Governo de Pernambuco foram iniciadas em outubro do ano passado, através da AD Diper. Em dezembro, uma comitiva formada por empresários brasileiros e chineses reuniu-se com o governador Eduardo Campos para tratar da consolidação do negócio. O passo seguinte foi a ida do grupo a Caruaru para a escolha do terreno. A área tem 220 hectares e já foi tornada de utilidade pública. Em fevereiro, representantes do Governo do Estado foram à Shaanxi conhecer as fábricas do grupo e dar continuidade à negociação, repetindo o feito em maio, desta vez com o governador Eduardo Campos.

O Governo do Estado concederá incentivo fiscal de 95% sobre o saldo devedor do ICMS, segundo as regras do Programa de Desenvolvimento do Setor Automotivo do Estado de Pernambuco (Prodeauto), à Shacman. A empresa também receberá incentivos municipais (isenção de IPTU e ISS por dez anos).

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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Eduardo Campos inaugura estande de Pernambuco na Rio+20

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Será inaugurado pelo governador Eduardo Campos nesta quarta-feira (13) o estande de Pernambuco na Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Na ocasião será apresentado o programa PE Sustentável, que vai estimular os principais eixos da economia verde a partir de incentivos fiscais e financeiros.

O secretário Sérgio Xavier espera que o bom momento econômico de Pernambuco atraia investimentos para atividades inclusivas e sustentáveis. O objetivo é incentivar a geração de energias renováveis e melhor gestão de água e energia.

Com 100 metros quadrados, o estande foi construído dentro de parâmetros sustentáveis, contando com mobília feita de papelão autoportante. Até o dia 22 de junho, ele estará no pavilhão em frente ao Riocentro, o Parque dos Atletas, dedicado a exposições governamentais e intergovernamentais.

Confira a agenda de Pernambuco na Rio+20:
 
13/6 – Quarta-feira

16h – Inauguração do espaço de Pernambuco no Parque dos Atletas (em frente ao Riocentro) e apresentação à imprensa do Programa PE Sustentável.

14/6 – Quinta-feira

9h30 – Abertura do Rio Clima: evento com representantes de 20 países, que teve encontro internacional preparatório no Recife em abril, o “Pernambuco no Clima”. Seu objetivo é produzir documento com metas ousadas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e evitar que o aquecimento global ultrapasse 2 graus centígrados até o fim do século, mantendo o limite de 450 partes por milhão de partículas GEE na atmosfera.

Participantes: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; o governador de Pernambuco, Eduardo Campos; o ex-secretário executivo da Convenção de Mudanças Climáticas das Nações Unidas (UN FCCC), Yvo de Boer; o deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ), que preside a Comissão Rio+20 do Congresso Nacional; e o presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Após a cerimônia de abertura, o governador Eduardo Campos fará a palestra “Água e Sustentabilidade no contexto de Mudanças Climáticas”, em que irá mostrar como Pernambuco, apontado pela ONU como região crítica em relação aos impactos da elevação da temperatura, está se preparando para o aquecimento global no seco semiárido e no chuvoso litoral, onde o mar avança.

15/6 – Sexta-feira

14h – Auditório Master do Parque dos Atletas – Palestra do secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, Sérgio Xavier, na programação oficial da Rio+20, sobre “Políticas para a Sustentabilidade e Oportunidades da Economia Verde em Pernambuco”.

17/6 – Domingo

15h – Auditório do Parque dos Atletas – Palestra do presidente de Suape, Frederico Amâncio, sobre “Complexo portuário industrial de Suape – Transitando para a Sustentabilidade”.
 
20/6 – Quarta-feira

11h – Auditório do Parque dos Atletas – Palestra do Secretario de Planejamento e Gestão do Estado de Pernambuco, Alexandre Rebelo, sobre “Governança para a Sustentabilidade – Modelo de Gestão do Governo de Pernambuco”.



sábado, 9 de junho de 2012

Brasil assume a presidência do Mercosul

 

A presidência do bloco é rotativa. A cada semestre, um dos quatro países assume a função

O Brasil assumiu na última sexta-feira (8) a presidência pro tempore do Mercosul. Até o fim deste ano, caberá ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, coordenar conferências e grupos de trabalho que tratam de assuntos como segurança pública, gestão integrada de fronteiras e migração na região do Mercosul.

De acordo com o Ministério da Justiça, Cardozo dará continuidade às atividades de integração dos países, com ênfase no combate à criminalidade e no fortalecimento do acesso à Justiça. Além disso, os países devem ainda fortalecer as ações conjuntas com o objetivo de combater crimes como o narcotráfico e o tráfico de pessoas.

Um congresso envolvendo os Poderes Executivo e Judiciário dos países integrantes do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) vai discutir diagnósticos, análises e possibilidades sobre o tema. Segundo o Ministério da Justiça, data para o encontro entre os países ainda não foi definida.

A presidência do Mercosul é rotativa. A cada semestre, um dos quatro países assume a função. 



Pequenas e medias empresas ganham reforco



No intuito de orientar e informar as pequenas e médias empresas pernambucanas sobre como devem atuar no mercado globalizado, a Fiepe criou o Programa Gestão Executiva, de educação corporativa continuada. De acordo com dados do Sebrae, pelo menos 98% dos mais de 150 mil empreendimentos de Pernambuco são de pequenas e micro empresas, responsáveis pela geração de 70% dos empregos formais. O Programa tem início na próxima quinta-feira (14), das 9h às 18h, na sede da Federação. 

Segundo a coordenadora do Programa, Cynara Melo, apesar da movimentação no mercado de trabalho, as pequenas e médias empresas são carentes de capacitação, principalmente pela dificuldade de pagamento dos custos. “Em cumprimento à nossa missão de inserir as empresas pernambucanas no mercado global, desenhamos um programa arrojado para ampliar a visão estratégica delas e levá-las a um desempenho superior”, afirma Melo.

Dentre os temas abordados estão globalização e o macroambiente empresarial, gestão estratégica organizacional, finanças corporativas, gestão eficaz de pessoas, marketing, inovação e como fazer para exportar e importar. O programa é composto por seis workshops de oito horas cada. A dinâmica das aulas é formada por aulas expositivas com estudos de casos, discussões interativas e utilização de jogos de negócios. Os empresários interessados podem participar do programa de treinamento completo ou ainda apenas de um curso isolado.

As empresas associadas aos sindicatos filiados à Fiepe têm desconto na inscrição. Os que se inscreverem no programa completo ganham cursos do Gestão Executiva gratuito. As inscrições podem ser feitas no site WWW.fiepe.org.br. Informações pelo (81) 3412.8461 ou produtoseservicos@fiepe.org.br.

DIÁRIO DE PERNAMBUCO





Estado financia dois navios para trazer montadora

Adquirir, pelo menos, uma embarcação de cabotagem seria apenas uma na lista de exigências da GM

O governo do Estado, no intuito de atrair a montadora, que seria a General Motors (GM), para o Ceará, já está negociando a compra de dois navios de cabotagem (e não apenas uma embarcação), com uma instituição internacional, que irá disponibilizar os recursos necessários à aquisição, via financiamento.
 
A informação foi confirmada, ontem, por uma fonte do governo estadual. "Posso dizer que as negociações estão avançadas. Poderão ser até dois navios. Um custa na faixa de US$ 75 milhões", observou, destacando que, no caso de a compra ser de duas embarcações, o preço unitário poderá ser menor. No entanto, preferiu não revelar o nome da entidade que ficará responsável pelo empréstimo. "Uma equipe da Cearáportos inclusive já viajou para o exterior a fim de conhecer o tipo de navio mais de perto", acrescentou.
 
Diário do Nordeste vem mostrando as investidas do governo estadual para garantir mais esse empreendimento de peso para o CearáUma exigência
 
Ainda de acordo com a mesma fonte, a embarcação é apenas um dos itens que constam na lista de exigências estabelecida pela fábrica de automóveis na mira do governo estadual. Seria a GM, fabricante de diversas marcas de veículos, dentre elas a Chevrolet, a montadora em negociação com o governo estadual.
 
A fonte esclareceu também que o governador Cid Gomes não pedirá recursos para comprar os navios à presidente Dilma Rousseff. Entretanto, ressaltou ser essencial o apoio do governo Federal para a concretização do negócio com a montadora no Ceará, sobretudo, no que diz respeito à execução de uma política de benefícios fiscais.
 
A importância dessa parceria com a presidente Dilma Rousseff já havia sido ressaltada ao Diário do Nordeste, dias anteriores, pelo secretário da Fazenda, Mauro Benevides Filho, quando este afirmara que o que tinha de ser feito pelo Estado para trazer a montadora para o Ceará já estava sendo realizado, o que faltava, segundo ele, na ocasião, era a participação decisiva do governo Federal.
 
Cearáportos Cabotagem



Sobre a modificação da razão social da Cearáportos para "Cearáportos e Cabotagem" – outra condição imposta pela montadora para vir instalar-se no Estado -, a fonte informou que para haver a mudança no perfil da empresa administradora do Porto do Pecém é necessário o encaminhamento de mensagem para a Assembleia Legislativa, solicitando a alteração da denominação.

Local garantido

No início de junho, autoridades locais confirmaram ao Diário que já existe uma área reservada para receber a montadora no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).

De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Roberto Macêdo, o governador Cid Gomes, em reunião com secretários e empresários, tinha divulgado que o setor III do Cipp estaria reservado para receber o empreendimento. O terreno fica próximo à BR 222. Na época, a informação chegou a ser confirmada, inclusive, pelo titular da Secretaria de Planejamento do Estado (Seplag), Eduardo Diogo; e pelo presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Roberto Smith.

Fabricantes não descartam cortes

São Paulo. As montadoras de veículos não descartam novas demissões no setor, apesar de a Anfavea (associação dos fabricantes) dizer que a diminuição dos estoques ajudará a manter o nível de emprego.



Foto



Mesmo com a redução de IPI para estimular as vendas no setor automotivo, as montadoras alegam estoques elevados e podem demitir FOTO: AGÊNCIA REUTERS



De acordo com o presidente da associação, Cledorvino Bellini, os cortes, se ocorrerem, serão principalmente no setor de caminhões -".´" No fim de maio, enquanto montadoras como Ford, Volkswagen/Man, Mercedes-Benz, Scania e Volvo anunciavam paralisações das linhas de produção para reduzir os estoques, as autopeças anunciavam antecipação de férias e, em alguns casos, demissões.



"Eventualmente alguma montadora pode ter problema, pode ter algum tipo de PDV . No setor como um todo eu vejo otimismo"´, afirmou.

Estoques

O nível de estoques nos pátios ainda permanece estável em maio, apesar da desoneração do IPI anunciado pelo governo no mês passado. Segundo a Anfavea, as vendas nas novas condições demoraram a ser contabilizadas. Os carros que estavam no estoque tiveram de ser faturados de novo para adequação às mudanças. No mês, os veículos nos pátios das concessionárias e montadoras era suficiente para 43 dias de vendas, o maior nível desde novembro de 2008, durante a crise. O trâmite entre reenvio de nota fiscal às montadoras aumentou o intervalo entre a data da venda e do emplacamento. Segundo a Fenabrave (associação das concessionárias), algumas marcas ainda estão terminando esse processo.



Segundo Bellini, da Anfavea, as vendas do início de junho já ajudaram a trazer o número para menos de 40 dias. Ele acredita que os estoques retornem para níveis normais, de 30 a 35 dias, antes do fim das medidas, no fim de agosto.



ILO SANTIAGO JR.



Repórter



quinta-feira, 7 de junho de 2012

Apenas um em cada cinco brasileiros sabe o que é a Rio+20, aponta pesquisa


Apesar de 78% dos brasileiros não saberem o que é Rio+20, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que os 22% são um número expressivo, já que na época da Rio92, apenas 3% sabiam o que era aquela conferência

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (6) pelo Ministério do Meio Ambiente mostra que 22% dos brasileiros dizem saber o que é a Rio+20. Entre essas pessoas, 89% afirmam saber que a conferência das Nações Unidas vai "mudar a maneira como usamos os recursos naturais do planeta". Mesmo nesse grupo, 11% acreditam que a Rio+20 tem por objetivo tratar de outros temas.
Apesar de 78% dos brasileiros não saberem o que é Rio+20, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que os 22% são um número expressivo, já que na época da Rio92, apenas 3% sabiam o que era aquela conferência.
"É bastante expressivo que 22% saibam que vai acontecer a conferência. Considerando que estamos falando de todo o Brasil, estamos falando de 40 milhões de pessoas. Acho o número muito bom. E evoluiu em relação à pesquisa feita há três meses [por entidades ambientais, que mostrou que apenas 17% sabiam o que era a Rio+20]", afirmou.
A pesquisa O Que o Brasileiro Pensa do Meio Ambiente e do Consumo Sustentável, realizada pelo instituto CP2 em abril deste ano, mostra ainda que 65% dos brasileiros dizem que cuidar do meio ambiente é uma questão de "sobrevivência". Entre os demais motivos alegados para se ter cuidado com o meio ambiente, aparecem "futuro melhor" (15%), "preservação" (8%), "prevenção de catástrofe" (4%) e "responsabilidade socioambiental" (1%).
De acordo com o levantamento, dos 47% de brasileiros que dizem saber o que é desenvolvimento sustentável, 69% dizem que o conceito se relaciona apenas à questão ambiental. Apenas 26% sabem que ter um desenvolvimento sustentável é cuidar do meio ambiente, das pessoas e da economia, ao mesmo tempo.
Izabella Teixeira disse esperar que a Rio+20 tenha um papel importante em mostrar que desenvolvimento sustentável é mais do que cuidar do meio ambiente. "Em 2012, a Rio+20 dará um salto expressivo em relação à questão social e econômica, além da ambiental, já que a conferência está convocada para discutir também a economia e a erradicação da pobreza", disse.
Outro dado revelado pela pesquisa é que a maioria (61%) dos brasileiros acredita que o principal responsável por solucionar problemas ambientais é o governo estadual. Outros responsáveis que aparecem na pesquisa são as prefeituras (54%), o governo federal (48%), a própria pessoa (46%) e as comunidades locais (21%), entre outros.
A pesquisa também quis saber que entidades tinham atuação "muito boa" na defesa do meio ambiente, na visão da população. As entidades ecológicas foram as mais bem avaliadas, sendo reconhecidas por 41% dos brasileiros, seguidas pelos meios de comunicação (35%), cientistas (35%), governo federal (20%), organizações internacionais (21%), associações de moradores (19%), governos estaduais (16%), prefeituras (14%) e empresários (10%).
Por outro lado, a lista daqueles que têm atuação "ruim ou muito ruim" na defesa do meio ambiente, segundo os entrevistados, é liderada pelos empresários (55%), prefeituras (49%), associações de moradores (48%), governos estaduais (44%) e governo federal (37%), entre outros.
Já entre as principais fontes de informação sobre meio ambiente, segundo a pesquisa, estão a televisão (83%), internet (29,5%), jornais (29%), rádio (27%) e revistas (11%). 

FIEPE inscreve em Programa de educacao corporativa para pequenas empresas


A FIEPE está com inscrições abertas para o Programa Gestão Executiva, de educação empresarial continuada. O projeto vai capacitar profissionais que atuam em empreendimentos de pequeno e médio porte para vencer os desafios do acirrado mercado atual com as modernas ferramentas gerenciais. Os interessados podem optar entre realizar os cursos separadamente ou participar do Programa completo, formado por seis workshops de oito horas cada.
Especialistas vão aliar aulas expositivas aos estudos de casos, promover discussões interativas e utilizar jogos de negócios para desenvolver as competências dos participantes aplicarem os conhecimentos adquiridos nos projetos de suas empresas. “Desenhamos um programa arrojado para ampliar a visão estratégica e levar as empresas de pequeno e médio porte do Estado a um desempenho superior no mercado”, afirma a coordenadora da Unidade de Produtos e Serviços da FIEPE, Cynara Melo.
O primeiro treinamento abordará a globalização e o macroambiente empresarial, no dia 14 de junho. A gestão estratégica organizacional para alavancar resultados será o tema do encontro do dia 19 de julho. Os segredos para a saúde das finanças corporativas são o foco da reunião do dia 9 de agosto, enquanto a gestão eficaz de pessoas estará em pauta dia 12 de setembro.Marketing e inovação para agregar valor aos negócios serão tratados 18 de outubro. Já uma abordagem realista para abrir novos mercados por meio da gestão internacional encerra o programa dia 21 de novembro.
Todos esses cursos serão das 9h às 18h, na sede da FIEPE, em Recife. Quem adquirir o pacote de treinamento ganha um módulo gratuito. Empresas associadas aos sindicatos filiados à Federação têm desconto na inscrição. Mais informações pelo (81) 3412.8461 ou produtoseservicos@fiepe.org.br.

Atração de fabricantes de máquinas ao NE é desafio


 falta de mão de obra qualificada é entrave para instalação de fabricantes de equipamentos na região 

Ao mesmo tempo em que recebe cada vez mais atenção por parte de fabricantes e lojistas de outras regiões, o setor de calçados, no Nordeste, que tem conquistado aumento na produção e no mercado consumidor, tem demandado um número crescente de investimentos que viabilizem a manutenção do ritmo de expansão, principalmente no que se refere à maior facilidade ao acesso a matéria-prima e equipamentos. Apesar de vislumbrarem a possibilidade de se instalar na região, fornecedores aguardam um momento mais apropriado para criarem unidades produtivas. 

Principal reflexo da instalação de uma fabricante na região seria a redução dos custos de produção e dos itens à venda FOTO: DIVULGAÇÃO

Das 60 fábricas que compõem a Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores de Couro (Abrameq), nenhuma está localizada na região, obrigando os produtores a comprar máquinas das regiões Sul e Sudeste, o que acarreta em maiores custos de produção e menos agilidade no desenvolvimento de novos produtos. A demanda maior por equipamentos nos últimos anos está também ligada à maior frequência com que se dão inovações e lançamentos por parte dos fabricantes de calçados, por conta da competitividade.
Destaque nacional 

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados e Artefatos da Paraíba (Sindicalçados) Eduardo Almeida, o esforço do setor, agora que as indústrias do Nordeste têm ganho destaque maior no cenário nacional, é atrair compradores de outros estados. O passo seguinte, que já tem sido estudado, afirma, é atração de fabricantes de máquinas para a região. Ele ressalta que o setor se prepara para dialogar com as administrações estaduais, de forma mais incisiva, para tentar viabilizar a atração. "É um namoro que ainda está no começo", comenta.

Ontem, Almeida participou do Gira Calçados, que ocorre até amanhã em Campina Grande (PB) e reúne produtores e lojistas do setor. Para que seja tomado esse novo passo no Nordeste, contudo, a região ainda precisa se mostrar mais atrativa a possíveis investidores. Entre os representantes de fábricas que se encontravam ontem no evento, uma resposta se repetia com frequência, quando eram questionados sobre a possibilidade de inaugurar uma unidade no Nordeste: "Ainda não. O mercado ainda não comporta".
Potencial, mas nem tanto 

Para a maior parte dos fabricantes, o Nordeste é uma região que possui potencial expressivo, mas ainda não existe uma demanda que justifique um investimento do gênero, principalmente por conta da complexidade da instalação de uma fábrica desse tipo. Todavia, aposta a maior parte dos empresários, caso o ritmo de crescimento se mantenha, a região deverá passar a receber investimentos do gênero, logo que a instalação parecer viável.

"A gente sabe que algumas empresas individualmente já cogitam e conversam. Hoje, talvez não seja viável, mas, talvez, num futuro próximo, a gente possa estar implantando uma planta produtiva", aponta o presidente da Abrameq, Daniel Steigleder. Essa implantação, indica o gerente de vendas da fábrica Tecnomaq, Ivan Balbinot, tem ainda um grande obstáculo a ser superado: a ausência de mão de obra qualificada, no Nordeste, para atuar nesse segmento. "No nosso caso, isso é o que parece ser o maior empecilho". Conforme Balbinot, as vendas de máquinas para o Nordeste correspondem a cerca de 10% das comercializações da empresa, enquanto outros 15% a 20% são exportados e o restante é vendido às regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. "No Sul, nós temos escolas especializadas que formam mão de obra já voltada para esse setor. Isso é fundamental, porque é uma produção bastante específica", corrobora Steigleder.
Sem suporte
Para os produtores de calçados, a ausência desse tipo de suporte chega, em alguns casos, a se tornar um entrave significativo. Segundo o gerente comercial da marca Bê e Bí, que produz calçados infantis em Campina Grande, Assis dos Santos, a perda de negócios é um dos reflexos do fato. Ele conta que, devido à demora para receber um equipamento que comprara de uma empresa da região Sul, teve de atrasar a inauguração de uma nova unidade da empresa, localizada em Serra Redonda, na Paraíba. "Foi uma batalha. Esperei três meses pela máquina", diz. 
Para o empresário Hélio Rodrigues, da Ramagem Couros, que possui uma fábrica em Juazeiro do Norte (CE), por conta dos representantes que as fabricantes das máquinas possuem no Nordeste, o processo de compra é mais simples, embora ainda oneroso. O principal reflexo da instalação de uma fabricante na região, afirma, seria a redução dos custos de produção e dos itens à venda.

Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, dos 890 milhões de pares produzidos no País em 2010, cerca de 400 milhões foram fabricados no Nordeste, onde se concentram 627 das 8,2 mil empresas do setor no Brasil.
JOÃO MOURA 
REPÓRTER 
O jornalista viajou a convite do Sebrae da Paraíba

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Acesso a Suape: três novos viadutos são inaugurados na PE-60

O governador Eduardo Campos (PSB) inaugurou hoje as obras de duplicação e de reabilitação da PE-60 nos municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca.

Com o projeto, a rodovia estadual ganhou três viadutos próximos aos acessos do Complexo Industrial Portuário de Suape.

As obras incluíram ainda, em 10,2 quilômetros da área urbana do Cabo, reconstrução da base do pavimento, reforço da base, fresagem do revestimento antigo, recapeamento asfáltico e sinalização vertical e horizontal.

A reabilitação do trecho urbano durou nove meses, tendo sido concluído pelo Departamento de Estradas de Rodageme (DER) no mês passado.

“Essas obras integram o projeto maior de duplicação e melhoria de toda a PE-60”, disse o governador. Os investimentos na rodovia foram de R$ 73 milhões.

Os investimentos na PE-60 foram reforçados depois das enchentes de 2010 e 2011, quando a BR-101 Sul foi interditada por quedas de pontes, e quase todo o tráfego passou para a rodovia estadual.

PERNAMBUCO.COM



terça-feira, 5 de junho de 2012

Como suportar as emoções do outro e ainda ser promovido

Entenda os desafios do compliance officer

O compliance officer é a pessoa que, dentre outras atribuições, é responsável pela conformidade dos dados de uma empresa, tendo, portanto, acesso a todas as informações. Por isso, também lida com vaidades humanas, dinâmicas mafiosas, pretensos líderes e ameaças veladas. Além de toda a competência técnica, acadêmica, dedicação e comprometimento, é fundamental que esse profissional tenha um alto índice de inteligência emocional. É um modo de se preservar e ser bem-sucedido na política organizacional.

Como forma de garantir a independência funcional, não é recomendável que o compliance officer esteja ligado funcionalmente a qualquer área de negócios, devendo reportar-se ao mais alto escalão da instituição. Algumas vivências mais traumáticas, como potenciais intimidações veladas, reforçam a importância de sua independência. Infelizmente, alguns desses profissionais acabam vivenciando essa dinâmica mafiosa.

Passei a me interessar mais por esse tema quando me deparei com um executivo que, na falta de argumentos inteligentes para a sequência de um saudável debate, finalizou abruptamente a discussão com a seguinte frase: "Quem manda aqui sou eu". Relacionar-se bem no coletivo e conseguir transitar com maestria por diferentes tribos é um extraordinário talento. Adotar a perspectiva e lidar com as emoções do outro, controlando os seus próprios impulsos, suportando as dificuldades e canalizando produtivamente as suas emoções, exige autocontrole. Obviamente, porém, acima de tudo, é necessária uma autoconsciência emocional, conceito bem mais abrangente.

Daniel Goleman, em seu livro "Inteligência Emocional", trata muito bem as habilidades em relacionamentos interpessoais, trabalho em equipe, solução de conflitos e todas as competências que permitirão ao Compliance Officer perceber e usar as emoções próprias e a dos outros e a reagir a elas adequadamente, o que lhe proporcionará mais chances de adaptação, sobrevivência e sucesso.

É interessante observar como as novas exigências do mercado, que acabam pautando nossa vida profissional, dão um valor sem precedentes à nossa inteligência emocional para o êxito no trabalho, e como as emoções descontroladas e nocivas põem em risco nossa saúde física e bem estar. Trata-se, na verdade, da velha discussão sobre o sucesso profissional em sintonia com a perfeita saúde, o que tem mais chances de acontecer no âmbito do desenvolvimento da inteligência emocional.

O estresse baixa os limites da nossa tolerância e autodisciplina e as experiências tensionantes desgastam o sistema nervoso. As pessoas que não conseguem exercer um autocontrole sobre as emoções acabam perdendo a racionalidade, e a decisão, que deveria ser governada pelo pensamento, acaba sendo dominada pelo sentimento, como esclarece Goleman. "A mente emocional é muito mais rápida do que a racional, saltando à ação sem se deter para pensar no que está fazendo. Sua rapidez exclui a reflexão deliberada e analítica, característica da mente pensante." E destaca: "Estar no controle de nossas paixões tem vantagens sociais e cria um discurso mais produtivo e menos sujeito a arrependimentos." Se nosso poder de discernimento torna-se inoperante, não conseguimos a serenidade mental que nos propicia concentração no trabalho e clareza nos pensamentos.

A capacidade de controlar os impulsos é uma questão de autodisciplina, assim como o poder de se motivar mesmo em meio a frustrações, adiando a satisfação e buscando uma vida mais virtuosa. Autocontrole, persistência e automotivação, todos ao mesmo tempo. Pode parecer um pouco distante da realidade de muitos, porém de que servem os obstáculos se não para nos ajudar a sair de nossas perspectivas limitadas? A mente flexível e treinada consegue trabalhar bem o equilíbrio das relações humanas, o que já é um passo para um novo modelo de sucesso, que vai além da excelência acadêmica.

Ana Paula P. Candeloro – é presidente do Instituto Yiesia, de Governança Corporativa e Compliance, professora do INSPER, membro do IBGC e coautora do livro "Compliance 360º", publicado pela Trevisan Editora. anapaula.candeloro@yiesia.com.br 


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Ranking de universidades em ascensão conta com duas instituições brasileiras

Lista elaborada pelo THE (Times Higher Education) considera apenas universidades com menos de 50 anos

O ranking de universidades em ascensão divulgado pelo THE (Times Higher Education) conta com duas instituições brasileiras: a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho), ambas localizadas no estado de São Paulo.

De acordo com a lista, que considera apenas universidades com menos de 50 anos, as instituições brasileiras fundadas, respectivamente em 1966 e 1976, respectivamente, ocupam a 44ª e a 99ª posições, entre 100 instituições analisadas.

Dentre os quesitos observados pelo Times Higher Education para a elaboração do ranking estão itens como ensino, pesquisa, investimento do setor privado e mix internacional.

Ranking

Sobre as dez primeiras colocadas do ranking, as instituições localizadas no Reino Unido e na Coreia do Sul dominam a lista, com três e duas instituições, nesta ordem. Os Estaos Unidos também contam com duas universidades e completam a lista Suíça, Hong Kong e França, conforme é possível observar na tabela a seguir:

TOP 10

Classificação Instituição País Ano de Fundação

1º Ponhang University of Science and Techonology, Coreia do Sul 1986

2º École Polytechnique Fédérale de Lausanne Suíça 1968

3º Hong Kong University of Science and Technology Hong Kong 1991

4º University of California, Irvine EUA 1965

5º Korea Advanced Institute of Science and Technology Coreia do Sul 1971

6º Université Pierre et Marie Curie França 1971

7º University of California, Santa Cruz EUA 1965

8º University of York Reino Unido 1963

9º Lancaster University Reino Unido 1964

10º University of East Anglia Reino Unido 1963

44º State University of Campinas (UNICAMP) Brasil 1966

99º São Paulo State University (UNESP) Brasil 1976


(Fonte: Times Higher Education)






Como ser fiel ao que o cliente espera da sua marca?

Uma loja precisa ser a representação física da marca e transmitir seus valores e sua importância através de tudo o que faz. Da aparência ao layout, do atendimento a embalagem

Quando se pensa em fidelizar clientes, o primeiro desafio é distinguir o comportamento de compra dos diferentes grupos. Por exemplo: enquanto há uns que compram por conveniência, preço e disponibilidade, outros preferem buscar uma boa experiência de consumo. No primeiro caso, existem instrumentos já bastante difundidos que estimulam o cliente a voltar a comprar. Os cartões de compras, por exemplo, são fatores que motivam a recompra em um mesmo estabelecimento a partir da premiação por sua frequência. São, contudo, clientes volúveis, que não resistem ao primeiro "canto da sereia" que escutam da concorrência.

As operadoras de telefonia celular, os supermercados e as lojas de material de construção são dos ramos que mais enfrentam este tipo de situação, pois é comum terem estes tipos de compradores. O que os leva de volta a um estabelecimento normalmente é uma boa vantagem ou uma boa oferta, mais do que um bom serviço ou até mesmo um atendimento diferenciado. Já para aqueles que buscam uma experiência única de compra, somente uma vivência que lhe tenha dado prazer o levará de volta ao mesmo estabelecimento. Não se trata somente da qualidade do produto, de eventuais serviços agregados, do preço, da excelência do atendimento ou de qualquer outro fator isolado, mas de como ele se sente com a compra e após a compra, no serviço pós venda.

Uma loja precisa ser a representação física da marca e transmitir seus valores e sua importância através de tudo o que faz. Da aparência ao layout, do atendimento a embalagem. Vejam bons exemplos mundiais importantes como a Nike, a Gap, Ralph Lauren ou Apple. São lojas que representam expressões físicas dos ideais das marcas. Da mesma forma, existem grandes nomes do varejo, como os supermercados, que representam ou pretendem representar economia no bolso do consumidor. E o cliente compra isto! Quando a promessa da marca se desfaz, quebra-se o encanto e o cliente não volta mais. E jamais se esqueça do pós venda. Uma experiência ótima na compra se desfaz rapidamente na frustração de uma falta de atenção no atendimento. É difícil fidelizar um cliente quando ele sente que simplesmente não está recebendo o bem ou serviço que espera ou acredita que merece.

Entre o extremo da conveniência e o máximo da personalização, o que garante o sucesso das estratégias de fidelização é o permanente monitoramento de seus clientes. Entender o comportamento deles é fundamental para oferecer-lhe a melhor experiência dentro daquilo que esperam. Se analisarmos com cuidado, isto vale tanto para o cliente de conveniência quanto para aqueles mais sofisticados. No fim do dia todos buscam uma boa experiência. Enquanto para uns ela vem de uma boa oferta, outros se encantam com um serviço personalizado. A questão chave é descobrir o que motiva cada um deles e deixar claro para os mercados que deseja atingir qual é a sua proposição de valor.

Philip Kotler fala em proposição de valor e disciplina de valor. Enquanto a proposta de valor trata da promessa da marca a seu mercado, a disciplina de valor define como internamente a empresa irá responder aos desafios de cumpri-la. Outra das grandes causas de estratégias de fidelização mal sucedidas é exatamente a falta de coerência destes dois lados da mesma moeda. Uma empresa que promete preços baixos não deve e não pode oferecer um serviço premium para o qual não está preparada assim como uma empresa que oferece serviços diferenciados poderá não conseguir praticar preços baixos. Ao se misturar as coisas, corre o risco não só de perder a confiança do cliente como amargar perdas financeiras graves. Portanto, conheça seu cliente e seja fiel ao que ele espera de você. Somente assim será possível mantê-lo por perto.







Rodada de negócios reunirá cerca de 200 lojistas do Brasil e do exterior na Paraíba

Espaço de estímulo e fomentação de negócios espera que número de vendas durante o evento e no pós-evento chegue a R$ 20 milhões

Cerca de 50 indústrias de calçados do Nordeste participarão da Rodada de Negócios do Gira Calçados, que tem início nesta terça-feira (5) e segue até a próxima quinta-feira (7), na Fiep, em Campina Grande (PB). O espaço de estímulo e fomentação de negócios vai contar com, pelo menos, 200 lojistas de 23 estados brasileiros, além de outros países.

De acordo com a coordenadora da Rodada de Negócios, Christianne Fiusa, a expectativa é de que o número de vendas no evento e no pós-evento chegue a R$ 20 milhões. "Teremos grandes empresas que não importam calçados, como a Riachuelo, participando do evento. Esta é uma grande oportunidade para as empresas que desejam negociar e que estejam adequadas às exigências de fornecimento", explicou.

A Rodada de Negócios do Gira Calçados foi organizada de maneira diferenciada. "Optamos por modificar a forma de reunir os empresários. Cada empresa expositora tem dois espaços para apresentar a sua coleção. Elas podem participar do showroom e transitar nas salas de negociação", explicou Christianne.

"Temos normas e procedimentos para os vendedores e compradores. Eles recebem manuais, pois este é um evento de negócios e não de visitação", comentou. Já os pedidos são emitidos num software, com controles e estatísticas para a inteligência comercial.

Para Christianne Fiusa, o Gira Calçados é um evento de desenvolvimento regional, que transborda para o turismo, comércio, dentre outros, gerando renda. "Ele não compreende só uma cidade, mas sim uma região que hoje representa um quarto da população nacional", destacou.

"Durante o Gira Calçados, haverá a rodada de negócios, Feira de Máquinas e Equipamentos e Informação para o setor. O evento vem para consolidar a posição do Nordeste como grande e maior exportador de calçados", disse.


Programação da Rodada de Negócios


Dia 6 – quarta-feira

8h30 – Credenciamento – Rodada

9h – Início da Rodada de Negócios

19h00 – Encerramento das atividades

Dia 7 – quinta-feira

8h30 – Credenciamento – Rodada

9h – Início da Rodada de Negócios

19h00 – Encerramento das atividades



Inscrições abertas para o Prêmio Petrobras de Tecnologia



Até o dia 16 de julho estão abertas as inscrições para o Prêmio Petrobras de Tecnologia Engenheiro Antônio Seabra Moggi 2012. A iniciativa visa a reconhecer a contribuição de estudantes, pesquisadores e instituições para a superação de desafios tecnológicos nos negócios da Companhia e na indústria nacional de energia, além de incentivar a revelação de talentos e de trabalhos inovadores na área e promover a aproximação entre as universidades brasileiras e a indústria.

Lançado em 2004, o prêmio é voltado para estudantes de graduação, mestrado ou doutorado de qualquer instituição de ensino superior brasileira. Nesta edição, os trabalhos devem ser inscritos em nove temas tecnológicos: Tecnologia de Energia e Eficiência Energética; Tecnologia de Exploração; Tecnologia de Gás; Tecnologia de Logística e de Transporte de Petróleo, gás e derivados; Tecnologia de Perfuração e de Produção; Tecnologia de Preservação Ambiental; Tecnologia de Bioprodutos; Tecnologia de Refino e Petroquímica e Tecnologia de Segurança de Processos. Em cinco edições, mais de 2.000 trabalhos foram inscritos e 122 foram premiados.

Os autores dos trabalhos vencedores recebem R$ 20 mil na categoria doutorado, R$ 15 mil na categoria mestrado e R$ 10 mil na categoria graduação, além de uma bolsa de estudos do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) para elaboração de tese de mestrado, doutorado ou pós-doutorado em instituições de ensino superior nacionais, de acordo com sua formação acadêmica. Os professores orientadores dos trabalhos premiados de todos os temas e categorias recebem a mesma quantia bruta que o prêmio recebido pelo aluno, como taxa de bancada.

As inscrições devem ser realizadas no site do Prêmio, até as 20h (horário de Brasília) do dia 16 de julho. Lá também é possível ler o regulamento do Prêmio e conhecer um pouco dos trabalhos vencedores das edições anteriores.

Quem foi Antônio Seabra Moggi

Antônio Seabra Moggi foi o primeiro superintendente do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes). Químico Industrial pela Universidade do Brasil (atual UFRJ) e Engenheiro Químico pela Valderbilt University, no Tennesse, EUA, trabalhou no Conselho Nacional de Petróleo (CNP) e na Petrobras, onde participou da fundação do Centro de Aperfeiçoamento e Pesquisa de Petróleo (Cenap), ponto de partida das atividades de Pesquisa & Desenvolvimento na Companhia. Também participou da criação do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP).

FATOS E DADOS PETROBRAS



domingo, 3 de junho de 2012

Megaprojetos erguerão verdadeiros bairros na RMR e em Goiana


Só pelos números já anunciados, a previsão é vender aproximadamente 90 mil casas e apartamentos nestas localidades

Publicado em 03/06/2012, às 07h30

Giovanni Sandes

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O crescimento rápido e caótico do Grande Recife criou uma explosão do mercado imobiliário pernambucano. Atentas ao anseio da classe média e das ascendentes classes C e D por qualidade de vida, construtoras foram buscar como sócios até as seculares usinas de cana-de-açúcar e trouxeram um novo produto: cidades e bairros planejados, com ruas, calçadas largas, ciclovias e a palavra da moda, mobilidade. A soma desses projetos tomou proporções gigantescas. Só pelos números já anunciados, a previsão é vender aproximadamente 90 mil casas e apartamentos, no Grande Recife e em Goiana.

As empresas não vão sair vendendo tudo ao mesmo tempo, de qualquer jeito. O ritmo será dado pela demanda dos consumidores. Mas se tudo sair em 10 anos, prazo médio previsto pelas construtoras, o consumo local de imóveis precisaria praticamente dobrar só para dar conta desses novos projetos.

Se os bairros e cidades planejados vão ou não entregar o que prometem, é preciso observar o futuro de cada um. Mas a ideia que eles vendem, seu apelo, é o resultado comercial de uma triste constatação: o Grande Recife de hoje está estrangulado. Os problemas urbanos são muitos, de saneamento à falta de ciclovias e o trânsito insuportável, com a velocidade média dos veículos chegando a ridículos 4,5 quilômetros por hora na Avenida Agamenon Magalhães, em horários de pico.

E o desafio não é só administrar os problemas de hoje. Pernambuco deslanchou economicamente, uma coisa boa, mas que provoca impactos urbanos que só tendem a acentuar os gargalos. Assim, a mobilidade é só um dos apelos dos projetos, que ainda trazem, por exemplo, promessas de viver bem com mais área verde ao redor e de morar e criar os filhos em um lugar com o crescimento organizado desde o início.

Há outro componente importante e puramente de mercado. Faltam terrenos livres no Recife.

André Freiras, gerente da Unidade de Pesquisas Técnicas, da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), trabalha com o Índice de Velocidade de Vendas (IVV). Com números, ele mostra que o apetite do comprador pernambucano derrubou pela metade o estoque de imóveis (a quantidade de casas e apartamentos postos à venda, todos os meses).
O estoque era de 6 mil, na média, em 2009. Ano passado, caiu para a metade, 3 mil. E a velocidade de consumo se manteve, com 5.176 vendas fechadas, ano passado. “O consumidor compra tudo praticamente no lançamento”, afirma André.

O desequilíbrio na oferta e demanda fez os preços dispararem, no Recife.

Por tudo isso, há algum tempo as construtoras começaram a procurar alternativas para crescer. A pioneira em Pernambuco foi a Odebrecht, em parceria com os grupos Cornélio Brennand e Ricardo Brennand, que idealizou o primeiro bairro planejado de Pernambuco, a Reserva do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho.

“O Paiva seria um destino turístico, um conceito inspirado em modelos como a Riviera São Lourenço, em São Paulo, no Jurerê Internacional, em Santa Catarina, e até no Vale do Lobo, em Portugal”, explica o diretor de Incorporação da Odebrecht, Luiz Henrique Valverde.


Mas a Reserva, que tem desenvolvimento previsto para um prazo de 15 anos (conheça os números do Paiva e dos outros projetos nos quadros ao lado), teve um contratempo. Quando o primeiro condomínio foi lançado, em 2007, o grande comprador seria o estrangeiro, mas veio a crise internacional, em 2008, e quando o cenário global parecia que ia melhorar, piorou de vez. “Aquele mercado acabou. Mas, quando se entra em um projeto de longo prazo, sabemos que virão momentos de facilidade e de tempestade”, comenta o executivo.


O Paiva se reposicionou e passou vender o complexo como um bairro planejado. O que ajudou foi o acesso viário, construído por uma parceria público-privada (PPP), e que fez o Paiva virar a principal alternativa de acesso ao Complexo Industrial e Portuário de Suape. Resultado? A Reserva já vendeu casas, centenas de apartamentos e arrumou um parceiro internacional, o português Promovalor, para emplacar prédios comerciais e até hotel.

Mas o boom econômico de Refinaria Abreu e Lima, PetroquímicaSuape e mesmo do Estaleiro Atlântico Sul primeiro incentivou empresas a começarem a adquirir ou fechar sociedades para montar grandes áreas em Ipojuca e no Cabo de Santo Agostinho.

A economia estadual teve primeiro uma grande novidade: um novo boom econômico, em Goiana, com Fiat, Companhia Brasileira de Vidros Planos e polo farmacoquímico. A outra foi a Cidade da Copa, um projeto do Estado com a intenção declarada de induzir o crescimento do Grande Recife para o Oeste Metropolitano.

Faltava uma conexão viária para tudo isso. Assim, além da malha urbana, o governo concebeu um grande e bilionário projeto de PPP, o Arco Metropolitano, para criar uma alternativa ao sufocado trecho urbano da BR-101. Pronto, completou-se a grande e nova explosão imobiliária do Grande Recife, com 14 megaprojetos, de portes e públicos diferentes, voltados para todas as faixas de renda, em municípios bem distintos – Goiana, Recife, Ipojuca, Cabo, São Lourenço da Mata, Jaboatão dos Guararapes e até Camaragibe.