sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Reino Unido busca negócios com o Brasil


Em São Paulo, primeiro-ministro britânico afirma que o Brasil é um parceiro preferencial de seu país
SÃO PAULO No primeiro dia de sua visita oficial ao Brasil, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou ontem que o crescimento da economia brasileira transformou o País em um parceiro preferencial do Reino Unido. Em discurso para empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ele lembrou que no ano passado o Brasil ultrapassou a Grã-Bretanha e se tornou a sexta maior economia do mundo. Nós, britânicos, temos um ditado: se não pode vencê-los, junte-se a eles, disse Cameron, durante discurso.
Entre os setores apontados como preferenciais por Cameron, estão os de energia, defesa, infraestrutura, educação e farmacêutica. O Brasil vai ter de investir em geração de energia e a Grã-Bretanha quer participar disso, afirmou ele, para acrescentar na sequência: Na área de defesa, podemos participar do processo de modernização das forças armadas brasileiras, como dois países podem e devem fazer.
Ainda falando sobre o atual momento da economia brasileira, ele recorreu a uma metáfora do futebol. O futebol foi inventado no Reino Unido, mas aperfeiçoado no Brasil, afirmou ele, sem fazer comentário sobre as barreiras comerciais que o Brasil tem anunciado nos últimos dias, a pretexto de defender a indústria local da invasão de produtos importados, barreiras que desagradam ao governo britânico.
Depois de participar da assembleia da ONU, em Nova Iorque, Cameron desembarcou em São Paulo. Seu primeiro compromisso foi visitar a fábrica da britânica JCB, de equipamentos pesados, em Sorocaba (no interior do Estado). Depois, de volta à capital paulista, fez a pé o percurso entre seu hotel e a sede da Fiesp, na avenida Paulista. Cameron veio ao Brasil acompanhado por uma comitiva de 50 empresários de vários setores. Hoje, em Brasília, se encontra com a presidente Dilma Rousseff.
Pelos números mais atualizados, o Brasil exporta cerca de US$ 5 bilhões para o Reino Unido e importa outros US$ 3 bilhões. Muito pouco para uma corrente total de comércio de US$ 1,6 trilhão dos dois países.
JORNAL DO COMMERCIO

sábado, 15 de setembro de 2012

BNDES aprova R$ 920 milhões para complexo portuário de Suape

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Projeto prevê obras portuárias, rodoviárias, ferroviárias e ambientais. Obras deverão criar 2 mil empregos durante fase de implantação.

Do G1, no Rio

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta sexta-feira (14) financiamento de R$ 920,3 milhões para o estado de Pernambuco para implantação do Programa de Desenvolvimento da Infraestrutura de Áreas Portuárias. O projeto engloba intervenções portuárias, rodoviárias, ferroviárias, retroportuárias e de pesquisa ambiental no Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros (Suape), diretamente pelo estado ou por intermédio da própria empresa Suape.

As obras deverão criar 2 mil novos postos de trabalho durante a fase de implantação. Segundo o banco, para atrair investimentos e novos negócios, está prevista terraplenagem, pavimentação, drenagem, iluminação viária e sinalização da Zona Industrial.

Os recursos serão usados na construção de pontes, viadutos, pavimentação, sinalização e requalificação de vias. Entre as obras previstas estão a duplicação do Tronco Distribuidor Rodoviário Norte (TDR-Norte) e a implantação do contorno do Cabo de Santo Agostinho (Via Expressa de Suape), explicou o BNDES.

O projeto prevê ainda a implantação de veículo leve sobre trilhos (VLT) no complexo de Suape para transportar passageiros entre os terminais do Cajueiro Seco e do Cabo de Santo Agostinho até a Estação Rodoferroviária de Massangana, que vai ser recuperada. A linha férrea será restaurada e serão construídos estações e viadutos — um ferroviário e um rodoviário.

Segundo o banco, será reforçado o enrocamento de proteção do aterro no porto. Os cabeços Norte e Sul da abertura dos arrecifes para acesso ao porto interno também passarão por obras de proteção. O porto interno terá áreas dragadas para a futura construção de mais quatro cais e o cais de múltiplos usos passará por uma recuperação estrutural. Para possibilitar a instalação de novos estaleiros, serão realizadas obras de dragagens no cluster naval.

Em Suape será ainda construído o Centro de Tecnologia Ambiental (CTA) para o estudo, a pesquisa e o cuidado de áreas degradadas, formação de agentes ambientais e produção de mudas com laboratório, informou o BNDES.


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Doze empresas pernambucanas no ranking nacional das 250 que mais cresceram no país


Doze empresas pernambucanas conseguiram driblar o chamado “Custo Brasil” e se inseriram no seleto grupo das 250 pequenas e médias empresas (PMEs) que mais crescem no Brasil. Estudo realizado pela Deloitte em parceria com a revista Exame PME revela que elas conseguiram chegar ao topo aumentando o portfólio de produtos e serviços (62%), otimizando processos e renovando a estrutura de vendas (59%). Para reduzir custos, negociaram melhores condições de pagamento (65%), renegociaram e substituíram fornecedores (64%).

No ranking nacional, a Valox aparece em terceiro lugar, atrás apenas da Arcitech, do setor de telecomunicações, e da Reuter, do ramo da construção civil. Cresceu incríveis 8.704,5% no acumulado entre 2009 e 2011, uma média anual de 838,3%. “Nosso crescimento é reflexo do que ocorre em Pernambuco. Investimos em marketing e conseguimos conquistar o mercado fazendo não apenas mobiliário corporativo, mas móveis personalizados”, conta a diretora comercial Juliana Gusmão.

A Valox nasceu no Recife em 1991 fazendo móveis para informática. Tinha, na época, três funcionários. Nos últimos dez anos, passou a produzir uma extensa linha de móveis para lojas, escritório e cadeiras, além de oferecer soluções personalizadas. Com o crescimento de Suape, a empresa começou a fornecer para empresas como Camargo Corrêa e Engevix, estando presente em grandes obras como a Refinaria Abreu e Lima e a PetroquímicaSuape, da Petrobras. Hoje, são 150 empregos diretos em três lojas localizadas no Recife, em João Pessoa e em Natal. Até 2014, a empresa planeja abrir outras três unidades em Fortaleza, Maceió e Aracaju.

Além da Valox, fazem parte da lista as também pernambucanas Construtora Andrade Mendonça, Serttel, Estaf, Segsat, Betonpoxi, Carbo Gás, Pitang, SET Sistemas, Maia Melo Engenharia, Faculdade do Vale do Ipojuca e Tron. “A inclusão dessas 12 empresas de Pernambuco no ranking nacional significa que o estado retomou um lugar de destaque na economia do Nordeste”, analisa José Emílio Calado, sócio-diretor da Deloitte.

MICHELINE BATISTA / DIÁRIO DE PE

Classes D e E elevam poder de consumo

Pesquisa da Nielsen mostra que contingente de famílias que recebe até R$ 1,7 mil por mês é o que mais contribui para o crescimento da economia nordestina

A população das classes D e E domina o crescimento do consumo no Nordeste. Enquanto as empresas brasileiras miram o potencial da classe C, a região apresenta uma configuração diferente. A faixa de renda D/E (com ganho familiar de até R$ 1.734,00) representa 64% dos domicílios nordestinos e 67% do consumo. Com o aumento do poder aquisitivo, essas famílias passaram a consumir mais, a experimentar novas categorias de produtos e a frequentar diferentes canais de vendas. A constatação está na 3ª edição do Evento a Clientes Nielsen Nordeste, realizado ontem na Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe).
Na análise feita entre julho de 2011 e junho de 2012, as vendas de 133 categorias de produtos na região cresceram 0,6%. Apesar do tímido desempenho, o resultado foi superior ao do Brasil (0,2%). Observamos que o crescimento do consumo ocorre de forma moderada, mas ainda em ritmo superior ao restante do País. E as classes D e E exercem papel chave nesse cenário, reforça o diretor comercial da Nielsen, Mário Ruggiero, que apresentou o trabalho Nordeste: democratização do consumo e a criação de valor.
A análise também aponta para uma nova geografia do consumo, que sai da rota das metrópoles e avança nas pequenas e médias cidades. O estudo mostra que o crescimento do consumo (em valor) registrou taxa de 4% nos grandes municípios, contra 12% dos médios e 10% dos pequenos. A migração também acontece em direção ao interior. Em Pernambuco, cidades como Caruaru, Garanhuns e Petrolina se destacam.
Com mais dinheiro no bolso, em função das transferências de renda, aumento real do salário mínimo e acesso ao crédito, os consumidores das classes D e E estão experimentando novos produtos. A análise da Nielsen identificou que as chamadas categorias de acesso (aquelas que não faziam parte da cesta de produtos) começaram a entrar no carrinho de compras. Na lista aparecem barras de cereal, fio dental e pós-xampu (condicionadores, cremes para pentear, reparadores de ponta).
O fenômeno de agregação de valor também vale para as categorias maduras (aquelas tradicionais na feira). Na prática é o seguinte: quem comprava um sabonete comum, agora quer um antibactericida ou um sabonete líquido. O consumidor que levava pra casa um iogurte, decide experimentar um funcional. E o tradicional sabão em pó vai sendo substituído pela versão líquida. As compras nessa categoria cresceram 66% entre as classes D e E.
Embalagens e preço reforçam sua influência na decisão de compra dos produtos. Nas categorias de acesso, uma tendência é o consumo de embalagens menores para experimentar. Já em outras categorias, como a de fraldas, as embalagens grandes acabam barateando a unidade do produto. Hoje, já é possível encontrar pacotes com até 120 fraldas, destaca.


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Como elevar os ganhos de sua empresa com a excelência no atendimento?

Planejamento ideal para suprir necessidades dos clientes envolve ações de marketing e atenção com novas tendências do mercado

O principal alvo das empresas é potencializar sua área de vendas para, consequentemente, elevar seu faturamento. A questão é que para obter êxito é preciso capacitar sua equipe de atendimento para que ela possa suprir as necessidades dos clientes. E para que isso ocorra algumas atitudes, se seguidas à risca, podem ajudar na forma de fidelizar os clientes e evitar problemas para negociações concretizadas.

De acordo com Roberto Fanani, diretor do Inapem, empresa especializada em capacitação profissional e eventos voltados a gestores corporativos, os princípios básicos para um atendimento de qualidade não foram alterados, porém, o grande "x" da questão é que os clientes mudaram suas estratégias para se sentirem confortáveis ao contratar um serviço e comprar desejado produto.

O cliente acaba estabelecendo seu padrão de referência quanto ao atendimento, e que sofre constantes alterações em função de novas tendências e experiências. "Para passar por esse obstáculo, a empresa deve ter visão globalizada das situações, de maneira que possa conquistar clientes. Uma forma disso é voltar suas atenções para ações de marketing de atendimento, nas quais resultam, na grande maioria, em fidelização", explica Fanani, que ressalta ainda que as maiorias das organizações não se atentam a este detalhe.
Imagem: Thinkstock

Outro ponto ressaltado pelo especialista condiz com a falta de entendimento do desejo do cliente. Deve-se procurar identificar a real necessidade, assim, o atendimento e venda serão perfeitos. A maneira para que isso ocorra é evitar deslizes relacionados à prazos de entrega, erro de endereço e quantidade. "O fator determinante na escolha de um produto ou serviço pelo cliente nem sempre é o preço ou as condições de pagamento, mas sim, a qualidade do atendimento e a habilidade de se conduzir a transação", afirma Fanani. 


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

E-commerce: 4 características indispensáveis aos empreendedores virtuais


No e-commerce, não adianta apenas ter uma loja virtual ativa, é preciso trabalhar criatividade, inovação, "feeling" e iniciativas nas diversas ferramentas disponíveis para o crescimento da loja

Com o constante crescimento do e-commerce, é muito comum a entrada de novos empreendedores no mercado virtual brasileiro. Dessa forma, é necessário identificar as características empreendedoras que influenciam no sucesso de uma empresa na web.
Por exemplo, no e-commerce, não adianta apenas ter uma loja virtual ativa, é preciso trabalhar criatividade, inovação, "feeling" e iniciativas nas diversas ferramentas disponíveis para o crescimento da loja. Sendo assim, vejamos a fundo algumas características indispensáveis aos empreendedores virtuais:
1. Foco e disciplina. Para ser bem sucedido é preciso saber onde se deseja chegar; isso é o foco. A disciplina entra, juntamente, no caminho entre o start e a linha de chegada. Nesse sentido, destacamos a necessidade de constante planejamento, traçado de metas e objetivos, sempre visando o crescimento da empresa;
2. Ação constante. Não fique esperando as coisas acontecerem. Não espere o consumidor simplesmente "achar" sua loja e entrar: atrai-o até seu negócio, chame a atenção dele, ofereça-lhe as melhores condições, o melhor atendimento, os melhores produtos, enfim, os melhores motivos para ser cliente;
3. Aproveitamento e criação de oportunidades. Quando as oportunidades aparecerem, analise-as e, se interessantes, abrace-as. Contudo, crie suas próprias oportunidades. Em relação ao negócio, crie motivos e circunstâncias para seu consumidor interagir mais, consumir mais; para isso, faça uso das mídias sociais, de promoções, de ofertas, etc;
4. Aprendizado e evolução com os erros. Erros são comuns sim, principalmente, no início do empreendimento. Dessa forma, fique sempre atento para não cometer gafes, seja com logística, atendimento ou mesmo com as mídias sociais. Procure e analise falhas divulgadas na web, aprenda com erros alheios. No entanto, caso sua loja cometa alguma gafe, corrija-a (não passe, simplesmente, por cima), aprenda e evolua, sempre.
O sucesso de uma empresa, independente de seus recursos, está diretamente ligado à mente empreendedora. Sendo assim, tais características devem sempre ser cultivadas para que a loja virtual se mantenha em constante expansão. Boas vendas! 
Felipe Martins - fundador e presidente da empresa DOTSTORE, especializada em criação e assessoria em Loja Virtual. 

domingo, 9 de setembro de 2012

Suape atrai empresas de diferentes países e eleva PIB estadual


“Não é difícil avaliar que o que resulta nesse aumento é a infraestrutura do Porto e a localização estratégica, ou seja, distante apenas 40 quilômetros da Capital”, argumentou o deputado Adalto Santos

Da Redação

Jarbas Araújo
Crescimento – Adalto Santos apresentou dados
O Complexo Portuário de Suape e como ele interfere no desenvolvimento econômico de Pernambuco pontuaram o discurso do deputado Adalto Santos (PSB), no Plenário, na manhã de ontem. O parlamentar ressaltou que Suape tem atraído, cada vez mais, investimentos em decorrência do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de 4,5%, em 2011, em comparação com 2012. O índice ficou acima da média nacional, que foi de 2,7%. “Não é difícil avaliar que o que resulta nesse aumento é a infraestrutura do Porto e a localização estratégica, ou seja, distante apenas 40 quilômetros da Capital”, argumentou.
O socialista parabenizou o governador Eduardo Campos pelos investimentos voltados ao Complexo, onde funcionam mais de cem empresas e outras 50 estão em fase de instalação. “Investidores de outros países voltam os olhos para Pernambuco. Exemplo disso é uma fabricante portuguesa de turbina eólica que emprega cerca de 600 funcionários”, observou, acrescentando que quem se dirige a Suape vê o nítido desenvolvimento.

sábado, 8 de setembro de 2012

Supersimples para todos: o que falta é ampliar o alcance do sistema

O Supersimples é um regime diferenciado de tributação, menos burocrático e com impostos reduzidos, o que facilita a entrada e permanência no mercado formal

Em cinco anos de Supersimples, como é conhecido o sistema simplificado de tributação das micro e pequenas empresas (MPEs), mais de 6,5 milhões de pessoas jurídicas - incluindo 2,5 milhões de empreendedores individuais - aderiram a ele. Para se ter uma ideia da importância desse sistema para a economia brasileira, a presidente Dilma Rousseff anunciou recentemente que as micro e pequenas empresas que aderiram a esse regime são responsáveis por um em cada quatro empregos com carteira assinada no Brasil. Entre os profissionais inscritos, estão os mecânicos, doceiros, cabeleireiros, manicures, vendedores de roupas e cosméticos e fotógrafos, entre outros. Agora, o desafio é trabalhar e pressionar para que o Supersimples seja estendido a outras categorias de empreendedores.

O Supersimples é um regime diferenciado de tributação, menos burocrático e com impostos reduzidos, o que facilita a entrada e permanência no mercado formal. Nele, todos os oito tributos são pagos com uma só alíquota, mediante documento único de arrecadação para recolher mensalmente IRPJ, IPI, CSLL, Cofins, PIS, INSS, ICMS e ISS. Em 2007, primeiro ano de vigência do sistema, foram arrecadados R$ 8,3 bilhões, chegando aos atuais R$ 42,2 bilhões (referentes a 2011).

Essa facilitação é positiva porque essas pequenas empresas são grandes geradoras de renda, riqueza e oportunidades de trabalho. Assim, além de ter direito a emitir nota fiscal, acessar crédito mais barato e deixar seu negócio totalmente legalizado, esses profissionais ainda têm auxílio doença, aposentadoria por idade e licença maternidade.

Atualmente, podem recolher impostos pelo Supersimples os empreendedores individuais com renda de até R$ 60 mil por ano, as microempresas com receita bruta anual de até R$ 360 mil e as pequenas empresas que faturam até R$ 3,6 milhões. É também permitido contabilizar as receitas com os produtos exportados separadamente daquelas conseguidas no mercado interno. Desse modo, uma empresa de pequeno porte pode faturar até R$ 7,2 milhões por ano e permanecer enquadrada no regime, desde que tenha faturado pelo menos a metade com exportações.

Com tantas vantagens, o que falta é estendê-lo ao maior número possível de empresários, garantindo a isonomia entre os profissionais de serviço. Assim, todas as micro e pequenas empresas teriam acesso a um índice de cobrança único baseado no faturamento, independentemente do ramo de atuação do negócio. Felizmente, algo já está sendo feito para mudar essa situação.

De acordo com o presidente da Confederação Nacional de Serviços, Luigi Nese, o segmento de serviços é o que mais emprega no país - com 39 milhões de trabalhadores em 1,1 milhão de empresas -, representando 67% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que ficou em R$ 2,3 trilhões em 2011. Já o presidente da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (Fenaci), Carlos Alberto Schmitt de Azevedo, afirmou em entrevistas que 35% dos 15 milhões de profissionais liberais brasileiros estão na informalidade. Segundo ele, 70% dos 250 mil corretores trabalham sem carteira assinada no Brasil.

Em parceria com integrantes do Sebrae e representantes do setor produtivo e do governo, a Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas do Congresso Nacional tem discutido possíveis ampliações no alcance do Supersimples. Uma das intenções do projeto de Lei Complementar que deve ser apresentado na Câmara dos Deputados nos próximos meses é incluir novas atividades no rol dos que podem solicitar o benefício. Entre eles, figuram os que atuam nas áreas de representação comercial, administração ou locação de imóveis, jornalismo, publicidade, além de profissionais da saúde, como dentistas, psicólogos e fonoaudiólogos.

As propostas também devem recomendar mudanças em mais alguns pontos da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas – além dos ligados diretamente ao regime especial de tributação –, prevendo aumentar para R$ 120 mil, em vez do limite atual de R$ 80 mil o teto das licitações exclusivas para a contratação de pequenos negócios.

Outro estudo da comissão envolve mecanismos para evitar a chamada substituição tributária entre as empresas enquadradas no programa - quando uma única empresa, na ponta, recolhe o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) por toda a cadeia envolvida -, modificando a forma de cobrar o imposto. Segundo o SEBRAE, a reclamação dos empresários é que este formato anula os ganhos conseguidos em redução de carga tributária pelo Supersimples. Porém, esse tipo de alteração depende também de negociações com o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária).

Outros dois itens do projeto de lei são dobrar o valor do teto de receita das MPE exportadoras, que atualmente é de R$ 3,6 milhões, e estender benefícios do Simples Nacional para a agricultura familiar.

Mesmo com algumas complexidades contábeis, dificuldades de adequação e a renúncia fiscal, os benefícios que virão serão imensos tanto para empresários quanto para o governo, que mais uma vez dá provas de que aposta no potencial empreendedor dos brasileiros. A pequena empresa já é reconhecida como base da economia brasileira, então nada mais justo do que investir cada vez mais no seu fortalecimento.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Brasil entra pela primeira vez no ranking dos 50 países mais competitivos

 


Pela primeira vez, o Brasil entrou para o ranking dos 50 países mais competitivos no Relatório Global de Competitividade, divulgado nesta quarta-feira pelo Fórum Econômico Mundial. Para chegar à 48ª posição desta edição do ranking, o País subiu cinco lugares desde o ano passado.
No topo do ranking, pelo quarto ano consecutivo, está a Suíça. Cingapura ficou em segundo lugar, seguido por Finlândia, Suécia, Holanda e Alemanha. Já os Estados Unidos caíram da quinta posição que ocupavam em 2011 para o sétimo lugar. Em oitavo, nono e décimo lugares ficaram Reino Unido, Hong Kong e Japão, respectivamente.
De acordo com o responsável pela análise dos dados brasileiros, Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, o ranking foi afetado pela incerteza crescente por conta da crise na Europa, da vulnerabilidade norte-americana e da desaceleração da China. A Fundação coordena a coleta e a análise de dados brasileiros.
Avaliação brasileira
A melhor avaliação sobre a macroeconomia nacional ajudou a puxar o País para a lista dos 50 mais competitivos. Este ano, o Brasil subiu 53 posições no critério “ambiente macroeconômico”, saindo da 115ª colocação em 2011 para a 62ª. O salto, segundo a Fundação Dom Cabral, pode ser consequência da exclusão do indicador “spread bancário” do estudo deste ano. O indicador costuma ser “problemático” para o País, de acordo com a fundação, mas foi retirado da análise de 2012 por ser considerado ineficiente para comparar o grau de eficiência bancária nos diversos países.

Arruda explica que as medidas tomadas pelo governo Dilma Rousseff de redução da taxa básica de juros e consequente na queda dos juros bancários teriam impacto positivo para a colocação do País no ranking, mas não conseguiriam fazer com que o “ambiente macroeconômico” subisse tantas posições.
Além da macroeconomia, o “uso de tecnologias de informação e comunicação” também ajudou a tornar o País mais competitivo, de acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial. O indicador sobre “sofisticação dos negócios”, apesar de ter caído dois pontos de 2011 para 2012, ainda é positivo – o Brasil ficou em 33º lugar.
Do outro lado, os níveis de “confiança nos políticos” e “eficiência das políticas de governo” colocam o País em 121ª e 111ª posição, respectivamente. O Brasil também fica mal posicionado na avaliação da “qualidade da infraestrutura de transportes” (79ª posição), da “qualidade da educação” (116ª posição) e do “volume de taxação como limitador ao trabalho e investimentos” (144ª posição). No pilar “inovação”, o Brasil caiu da 44ª para 49ª posição. O resultado, avalia Arruda, está ligado à falta de mão de obra qualificada.
O relatório é feito com dados estatísticos nacionais e internacionais, além de pesquisa de opinião feita com executivos. Em 2012, o estudo analisou a competitividade de 144 países.
Fonte: O Estado de S. Paulo

As diferenças entre o empreendedor e o gestor


O empreendedor é feito de comportamento e atitudes e o gestor é forjado na disciplina e técnica administrativa
O primeiro impulso após ter um sonho de empreender é acreditar, e muito além de acreditar é colocar a mão na massa. Trabalhar e trabalhar... Quem acredita que sendo empreendedor vai trabalhar menos, que como colaborador de uma empresa, está profundamente enganado. Se o que te move a empreender, é o pensamento de trabalhar menos, muito provavelmente terá uma grande decepção.


Recentemente assisti a um vídeo do grande Silvio Santos, um dos maiores comunicadores e empreendedores que conheço. No vídeo ele fala de forma bem informal para seus colaboradores, deixa bem claro, entre outras dicas, a que considero mais simples e mais profunda que é:

"Só não segue o objetivo, quem acredita que as coisas são fáceis. Todas as coisas são difíceis, todas as coisas tem que ser lutadas. Quando você consegue uma coisa fácil, desconfie, porque ela não é tão fácil quanto parece. Continue trabalhando, continue apostando na sua intuição, continue com os pés no chão. Não se importe com que sua esposa fala, com que seus filhos falam, com que seus amigos falem. Se importe com que você vive no dia-a-dia. Pelo menos foi assim que eu conseguir ir de camelô a banqueiro" 1

Silvio Santos

O ser empreendedor é um ser de comportamentos específicos, confunde-se comumente gerir um negócio com empreender, e nada tem em comum. O administrador é um profissional moldado em esforço no estudo de técnicas administrativas, comprovadas após utilizadas em organizações.

O empreendedor é motivado pelo comportamento e atitude, é alguém que gosta do imprevisto, do risco, da instabilidade de empreender. Certa vez ouvi um amigo dizer que empreender é solitário, e é mesmo, pois as decisões são solitárias. Empreender é absorver as dificuldades, a instabilidade de um ambiente e transformá-lo virtualmente em um ambiente seguro e confortável para quem não consegue lidar com essas variáveis.

Todo os administrador pode ser um empreendedor, mas o empreendedor nem sempre é um bom administrador. Muitos empreendedores quebram por não aceitarem que não são bons gestores e não terem humildade para reconhecer tal fato, procurando aperfeiçoamento ou ajuda de um profissional, de um administrador.

Uma pesquisa do Sebrae2 demostrou que das empresas que se tornaram inativas, 68% tiveram como motivo declarado a dificuldade com habilidades gerenciais.

Estas pesquisas comprovam que fazer um negócio acontecer, é uma coisa e mantê-los saudáveis, depende muito de capacidade gerencial. Neste ponto que reforço a importância do profissional de gestão, capacitado para tal.

O empreendedor pode até gostar de gerir, mas geralmente gosta mais de empreender e são coisas quase que antagônicas, em devidos momentos, atitudes empreendedoras, se olhadas pelo prisma da teoria administrativa, não passaria de total loucura. Posso falar isso, pois, estudei sete anos de administração de empresas e se me dissessem, ainda nos bancos acadêmicos, que tomaria decisões baseadas em intuição, eu consideraria essa pessoa um herege corporativo.

O empreendedor muitas vezes se vale de intuição e bom senso, para assumir o risco, fatores totalmente subjetivos o movem. O que é bom senso para mim, pode não ser para o outro. O empreendedor oferece soluções antes de serviços, vende pelo resultado e nunca pelas características de seu produto/ serviço. Ser empreendedor é uma cultura.

A maioria dos empreendedores cruzaram em seu caminho pelo fracasso, mas se temos 68% de empresas que quebram antes dos quatro primeiro anos, por que não somos comumente defrontados com história de fracasso?

Pesquisando no Google por Histórias de Sucesso ceguei a 7.690.000 resultados contra 1.290.000 de histórias de fracassos. Sabe por que isso acontece?

Espera aí! se somente 32% das empresas sobrevivem nos primeiro quatro anos, por que tão poucas histórias de fracasso? não deveria ser ao contrário?

Essa discrepância estatística se deve ao fato de que o empreendedor conta seus insucessos pela vitória, ou seja, o fracasso foi só uma etapa para conquista da vitória. O empreendedor é resistente ao fracasso e faz dele trampolim para a vitória.

O empreendedor é focado no reconhecimento, até aceita o dinheiro como medalha, mas seu prazer é pela competição. O empreendedor é meio como um atleta, é tolerante a falhas, mas é obcecado pela vitória.

Quando a rotina começa é hora de um empreendimento novo. Esse é o ser empreendedor.

1Vídeo disponível no meu site pessoal no link: http://ricardoverissimo.com.br/2012/06/aprendendo-com-o-mestre-silvio-santos/

2 www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/.../NT00037936.pdf

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Financial Times compara impostos brasileiros às telenovelas: complicados, ridículos e difíceis de acompanhar

A crítica voltada ao aumento de impostos para importação de 100 produtos destacou que a decisão de elevar as taxas tem como objetivo afastar os estrangeiros

Um artigo publicado no blog "Beyondbrics", do Financial Times, comparou o sistema de taxas brasileiro as novelas populares no país. De acordo com o texto, ambos são complicados, ridículos e extremamente difíceis de entender.

A crítica voltada ao aumento de impostos para importação de 100 produtos destacou que a decisão de elevar as taxas tem como objetivo afastar os estrangeiros e impulsionar o mercado doméstico de manufaturas, um dos grandes empecilhos ao crescimento.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) havia aprovado a elevação do imposto de importação para 100 produtos. Em outubro, a lista ainda acrescentar outros 100.

sábado, 1 de setembro de 2012

Caixa e BB reduzem novamente os juros


Acompanhando o Bradesco e o Itaú, a Caixa e o BB anunciam novos cortes em suas taxas, após redução na taxa básica de juros. Valores começam na segunda-feira (3/9).
A Caixa Econômica Federal anunciou nesta sexta-feira (31/8) nova redução em suas taxas de juros para pessoa física e jurídica.
Para pessoa física, a taxa de juros mínima para cheque especial foi reduzida de 1,35% para 1,30% ao mês (a.m.). Para as operações de antecipação de 13º salário, a taxa de juros das operações foi reduzida de 2,90% para 2,79% a.m.
As operações de crédito aporte Caixa, chamado de refinanciamento de imóveis, tiveram taxas reduzidas do intervalo de 1,31% a 1,51% a.m. + Taxa Referencial (TR) para de 0,98% a 1,48% a.m. + TR. Além disso, o prazo máximo para o Crédito Aporte Caixa passou de 300 para 360 meses.
Já para pessoa jurídica, as taxas de juros das operações de capital de giro com garantia do Fundo Garantidor de Operações (FGO) passou de 1,61% para 1,10% a.m. Além disso, o prazo máximo para o capital de giro com garantia do FGO passou de 24 para 36 meses.
Também foram reduzidas as taxas mínimas e máximas do crédito especial empresa prefixado, que passaram de 2,75% a 2,93% a.m. para 2,55% a 2,73% a.m.
A taxa de juros do cheque especial empresa, para empresas com domicílio bancário de recebíveis de cartões na Caixa, passou de 4,20% para 4,00% a.m.
No cartão empresarial a taxa do rotativo foi reduzida em 20,60%, de 8,82% para 7,00% a.m. A taxa do parcelado com juros foi reduzida em 68,4%, de 6,02% a.m. para 1,90% a.m.
Banco do Brasil
No mesmo sentido, o Banco do Brasil anunciou cortes em suas taxas diante da redução na taxa básica de juros, a Selic.
Para pessoas físicas, a taxa mínima do crédito benefício caiu de 2,21% para 2,17%, o crédito automático foi de 1,93% para 1,89% e o crédito para material de construção diminuiu de 1,53% para 1,49%.
Já para as pessoas jurídicas, as taxas mínimas dos produtos BB Giro APL, BB Giro Saúde, BB Giro Empresa Flex e BB Giro Recebíveis foram reduzidas 0,02 ponto percentual. O BB Giro e o BB Giro Saúde possuem Taxa Referencial.
BRASIL ECONOMICO