sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Reino Unido busca negócios com o Brasil


Em São Paulo, primeiro-ministro britânico afirma que o Brasil é um parceiro preferencial de seu país
SÃO PAULO No primeiro dia de sua visita oficial ao Brasil, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou ontem que o crescimento da economia brasileira transformou o País em um parceiro preferencial do Reino Unido. Em discurso para empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ele lembrou que no ano passado o Brasil ultrapassou a Grã-Bretanha e se tornou a sexta maior economia do mundo. Nós, britânicos, temos um ditado: se não pode vencê-los, junte-se a eles, disse Cameron, durante discurso.
Entre os setores apontados como preferenciais por Cameron, estão os de energia, defesa, infraestrutura, educação e farmacêutica. O Brasil vai ter de investir em geração de energia e a Grã-Bretanha quer participar disso, afirmou ele, para acrescentar na sequência: Na área de defesa, podemos participar do processo de modernização das forças armadas brasileiras, como dois países podem e devem fazer.
Ainda falando sobre o atual momento da economia brasileira, ele recorreu a uma metáfora do futebol. O futebol foi inventado no Reino Unido, mas aperfeiçoado no Brasil, afirmou ele, sem fazer comentário sobre as barreiras comerciais que o Brasil tem anunciado nos últimos dias, a pretexto de defender a indústria local da invasão de produtos importados, barreiras que desagradam ao governo britânico.
Depois de participar da assembleia da ONU, em Nova Iorque, Cameron desembarcou em São Paulo. Seu primeiro compromisso foi visitar a fábrica da britânica JCB, de equipamentos pesados, em Sorocaba (no interior do Estado). Depois, de volta à capital paulista, fez a pé o percurso entre seu hotel e a sede da Fiesp, na avenida Paulista. Cameron veio ao Brasil acompanhado por uma comitiva de 50 empresários de vários setores. Hoje, em Brasília, se encontra com a presidente Dilma Rousseff.
Pelos números mais atualizados, o Brasil exporta cerca de US$ 5 bilhões para o Reino Unido e importa outros US$ 3 bilhões. Muito pouco para uma corrente total de comércio de US$ 1,6 trilhão dos dois países.
JORNAL DO COMMERCIO

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua opinião sobre a matéria.