sábado, 21 de abril de 2012

Pernambuco obtém mais US$ 100 milhões do BIRD

                                       


Pernambuco vai receber uma nova leva de recursos do Banco Mundial (BIRD) para investimento. O plenário do Senado federal aprovou nesta quarta-feira (18/04) autorização para que o estado contrate financiamento de cem milhões de dólares para custear atividades de combate à pobreza rural.
O projeto de resolução que autoriza a contratação do financiamento tramitou dois dias no Senado, sendo aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), presidida pelo senador Delcidio Amaral (PT/MT) e, em seguida, no Plenário, com o apoio da bancada pernambucana.
“Trata-se de operação muito importante para Pernambuco, principalmente em um momento em que enfrentamos uma severa estiagem que vem causando graves prejuízos à população rural”, disse o governador Eduardo Campos.
Os entendimentos que resultaram na contratação foram concluídos em 3 de fevereiro último. Pelo que ficou acertado, o estado arcará com contrapartida de trinta e cinco milhões de dólares. Também os beneficiários com os recursos entrarão com parcelas na viabilização dos projetos que varia de 10% a 50%.
Os recursos financiarão projetos apresentados por associações de produtores rurais. O montante será destinado a infraestruturas sociais (cisternas e pequenos sistemas de abastecimento d’água) e infraestruturas produtivas (energia elétrica para projetos agropecuários). A previsão é que o contrato seja assinado no começo de maio.
JC NEGÓCIOS

Depois do BB, Caixa anuncia nova redução de juros


Um dia após BB anunciar novo corte, Caixa contra-ataca
A Caixa Econômica Federal anunciou nesta sexta-feira novos cortes nas suas taxas de juros. A redução abrange três linhas para pessoas físicas (Consignado, CDC e veículos) e linhas para micros, pequenas e médias empresas. Os novos porcentuais começam a valer na próxima segunda-feira (23).
A taxa do consignado para aposentados do INSS, que já havia sido cortada no último dia 9, cai para uma faixa entre 0,75% ao mês (mínima) e 1,77% ao mês (máxima). Hoje, está entre 0,84% e 1,80% ao mês.
A taxa mínima do CDC salário cai de 2,39% para 1,80% ao mês. No financiamento de veículos, a mínima recuou de 0,98% para 0,89%.
Em nota, a Caixa diz que as novas taxas acompanham a decisão do Copom de reduzir a taxa Selic. “Com as novas reduções, a Caixa reafirma seu posicionamento de oferecer as melhores taxas de mercado e facilitar o acesso ao crédito a todos os cidadãos brasileiros”, diz o banco em nota.
Banco do Brasil
O BB anunciou na quinta-feira o novo corte de juros, também seguindo a redução da Selic. Os cortes das taxas incluíram as linhas em que o BB já havia reduzido os juros, no começo do mês, dentro da estratégia do governo de baratear o custo do crédito no Brasil. “As novas reduções buscam manter as taxas do Banco do Brasil entre as menores do sistema financeiro”, destaca comunicado do banco à imprensa. As taxas também entram em vigor a partir de segunda-feira.
Entre as novas taxas, o crédito consignado, que tinha juro mínimo de 0,85% ao mês, terá taxa de 0,79%. No financiamento de veículos, o juro cai de 0,99% para 0,95% ao mês. Na pessoa jurídica, no desconto de títulos, houve redução de 1,35% para 1,25%.
Selic
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou em 0,75 ponto percentual Selic na quarta-feira (18/04). A redução foi a maior dos últimos dois anos. Assim, a taxa básica de juros foi a 9%. A expectativa do mercado agora é que, depois do segundo corte em igual patamar, a Selic não seja mais reduzida este ano. Em janeiro, houve queda de 0,5 ponto percentual.
Segundo o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Rogério Mori, no entanto, o BC deve continuar cortandos os juros. “A Selic ainda deve cair mais nos próximos meses em função da atividade econômica relativamente fraca e da inflação, que começou a baixar. Além disso, as medidas anunciadas recentemente pelo governo vem atuando no sentido de tentar reduzir a taxa de juros na ponta do empréstimo. Esse movimento deve se manter nos próximos meses”, afirma o professor.
*Com informações da Agência Estado

quinta-feira, 19 de abril de 2012

ICMS para estados unificado em 4%


Comissão do Senado aprova projeto para eliminar disputa entre estados

GOVERNO oferecerá financiamento de 7% ao ano pelo BNDES, disse Mantega
BRASÍLIA (Folhapress) – Em sessão tensa, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou ontem o projeto que busca eliminar a disputa entre os portos brasileiros pelo ingresso de produtos importados. O texto aprovado reduz de 12% para 4% as alíquotas interestaduais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre importados, reduzindo a receita dos estados que oferecem os incentivos.
Apoiada pelo Governo Dil­ma Rousseff e pelas entidades representativas da indústria nacional, a proposta sofreu oposição veemente dos governadores e das bancadas de Goiás, Espírito Santo e Santa Catarina, inclusive com ameaças de retaliação ao Planalto no Congresso. Apesar de discursos e bate-bocas que fizeram a reunião se arrastar por mais de quatro horas, a aprovação foi folgada, por 20 a seis. No entanto, um requerimento anterior para adiar a votação foi rejeitado por pequena margem, por 13 a 12.
Na “guerra dos portos”, estados de menor expressão econômica oferecem incentivos fiscais para a entrada de produtos estrangeiros e depois se beneficiam da arrecadação do ICMS quando as mercadorias são revendidas para outros locais. O Governo quer que a proposta seja votada ainda nesta semana pelo plenário do Senado, mas os estados ainda querem negociar compensações pelas futuras perdas de receita. Está em negociação, por exemplo, a mudança na correção das dívidas dos estados com a União. Como se trata de um projeto de resolução do Senado, a medida não precisa passar pela Câmara dos Deputados nem pela sanção presidencial para entrar em vigor.
O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou ontem que o Governo oferecerá financiamento de 7% ao ano, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), aos estados que usam o ICMS na importação. A ideia é compensar a uniformização da alíquota do imposto a partir de 2013. Os estados mais prejudicados pela mudança pedem uma transição gradual.
“Para permitir que esses estados façam uma transição, o Governo está oferecendo recursos, principalmente financeiros, a taxas de juros baixas, de modo que não terão dificuldade de ter recursos para novas atividades econômicas no lugar dessas que estão praticando”, disse Mantega. A sugestão, segundo o ministro, é que estados como Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás sejam estimulados a investir em infraestrutura, barateando o custo de produção.
“Alguns desses estados têm bancos de desenvolvimento estaduais. Poderão usar esses bancos para financiar as empresas, reduzir o custo financeiro e estimulá-las a produzir no local, a migrarem para a atividade produtiva, e não realizarem uma mera importação”.
FOLHA-PE / PE DESENVOLVIMENTO