terça-feira, 9 de abril de 2013

Estudo mapeia indústria na Zona da Mata

Levantamento mostra que complexo industrial de Glória do Goitá, Pombos e Vitória movimenta R$ 4,3 milhões por mês
Do JC Online


Na foto, a planta fabril da Mondelez (Kraft), em Vitória de Santo Antão
Foto: Michele Souza/JC Imagem

As cidades do interior do Estado começam a ter uma ideia mais concreta dos efeitos da interiorização da industrialização. De acordo com um estudo encomendado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sdec) à empresa Dados Informações e Pesquisa (DIP), o complexo industrial que se formou nos municípios de Glória do Goitá, Pombos e Vitória de Santo Antão a partir de 2009 movimentam atualmente R$ 4,3 milhões por mês nessas cidades, antes marcadas pelo comércio ou atividades rurais.

Apesar da rápida expansão de empreendimentos industriais nessa região, ainda não havia um estudo que mostrasse as principais as principais demandas das empresas e pontos negativos como a carência de fornecedores locais e de mão de obra qualificada.

De acordo com o secretário executivo de políticas de desenvolvimento da Sdec, Felipe de Moraes Chaves, a escolha pelo mapeamento da região ocorre por conta da rápida expansão de investimentos nas cidades. “Em Suape, já há vários estudos e diagnósticos para o território estratégico, a Região Metropolitana também já tem uma dinâmica, mas também é preciso ter um mapeamento de regiões como Goiana e as cidades do interior, que têm um desenvolvimento industrial muito recente. A escolha por iniciar o mapeamento por Vitória, Pombos e Glória do Goitá deve-se à expansão que essas cidades tiveram em pouco tempo”, avalia.

Felipe de Moraes considera que o mapeamento revela a necessidade de pequenas empresas instaladas nessas cidades passarem a se integrar na cadeia. “A pesquisa tem como uma das intenções aproximar essas indústrias das pequenas empresas, que podem se tornar fornecedores. Claro que as indústrias que se instalam agora nesses municípios vão considerar insatisfatória a qualidade de mão de obra existente na região, que antes eram marcadamente rurais, mas que começam a ter investimento em qualificação do próprio setor privado. Outro ponto importante do mapeamento é que quando todas as empresas pesquisadas tiverem a instalação concluída deverão movimentar R$ 56 milhões ao ano.”

O secretário de desenvolvimento econômico Márcio Stefanni reforça a necessidade dos empreendimentos gerarem renda nas cidades em que estão instaladas. “Os investimentos precisam estar nos municípios, mas os municípios também precisam estar nesses investimentos. A riqueza gerada deve ficar em Glória, Pombos e Vitória.” Das compras feitas na região, 50% são apenas de pequenas compras. “Nosso objetivo é que comprem muito mais aqui.”

O estudo mostra pontos negativos apontados pelas empresas, como carência de fornecedores locais e de mão de obra qualificada. Das doze empresas entrevistadas no estudo da DIP, 36% dos empresários consideram que a infraestrutura disponível é insuficiente, enquanto 64% consideraram satisfatória. Entretanto, 64% consideram insatisfatória o acesso ao Porto de Suape.

JC ONLINE

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