sábado, 3 de dezembro de 2011

BNDES vai liberar R$ 56 bilhões para infraestrutura em 2012


O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta quinta-feira que irá liberar 56 bilhões de reais para projetos de infraestrutura em 2012. O valor é 10% superior aos desembolsos feitos em 2011 para o setor. Segundo Coutinho, o banco deverá encerrar este ano com desembolsos totais de 140 bilhões de reais. “Pode ser um pouco mais, um pouco menos, dependendo de vários fatores, como, por exemplo, alguma demora na liberação de uma licença ambiental”, destacou.
Valor é 10% superior aos desembolsos de 2011 para o setor - Divulgação
Valor é 10% superior aos desembolsos de 2011 para o setor - Divulgação
Coutinho afirmou que, para 2012, os recursos totais que deverão ser liberados pela instituição podem ser um pouco maiores do que o deste ano, mas não afirmou o montante. “Nós não temos uma meta de desembolsos. Contudo, os valores para o próximo ano podem ser um pouco superiores, mas de forma marginal”. “Apesar da crise internacional, o sistema financeiro brasileiro está operando normalmente, com solidez, e deve continuar a financiar projetos também no próximo ano”, disse.
“Mesmo com o agravamento da crise na zona do euro, os investimentos de longo prazo no Brasil estão sendo mantidos em boa velocidade”, diz o presidente do BNDES. Coutinho destacou que o país tem uma agenda de várias áreas estruturais, como petróleo, energia e telecomunicações, rodovias, portos e aeroportos.
Crise na Europa - O presidente do BNDES avaliou ainda que “dificilmente a Europa escapará da recessão e do credit crunch (choque de crédito) em 2012″. Segundo ele, o aperto abrupto do crédito dos bancos da zona do euro é o cenário mais provável para o próximo ano, a menos que os líderes dos países europeus decidam realizar movimentos “mais audaciosos” de expansão monetária. Mas, de acordo com Coutinho, isso “não parece estar nos planos das autoridades europeias”.
Coutinho ainda destacou que, apesar se serem incertos os desdobramentos da crise internacional sobre o Brasil, ela não deve afetar o sistema bancário do país. “Os bancos no Brasil não estão expostos a nenhum ativo problemático”, disse.
O presidente do BNDES ressaltou que os bancos brasileiros operam normalmente em vários segmentos de clientes, o que colabora para que o crédito ao consumo continue se expandindo.

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