quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Empresas do Brasil e Europa discutem associações

O vice-presidente da Comissão Europeia informou ainda que os europeus pretendem aumentar as compras de matérias-primas do Brasil. O diretor de Operações da CNI avaliou que isso será positivo para o Brasil, desde que também haja esforços para aumentar as vendas de produtos manufaturados e semi-manufaturados brasileiros.
As indústrias brasileiras e europeias irão ampliar a cooperação em áreas como inovação, comércio exterior e empreendedorismo. Vão também procurar oportunidades de realizar joint ventures (associações) e outros tipos de parcerias em setores como os de eletroeletrônicos, softwares, hardwares e petróleo e gás. As informações foram dadas nesta quinta-feira, pelo vice-presidente da Comissão Europeia, Antonio Tajani, e pelo diretor de Operações da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi, durante reunião na CNI, em Brasília, entre empresários europeus e do Brasil.

“A relação das empresas brasileiras e europeias é antiga, mas nos últimos anos enfraqueceu, na medida em que as trocas com os países asiáticos cresceram muito”, analisou Abijaodi. Desse modo, segundo ele, agora é o momento de retomar as boas relações históricas e encontrar novas parcerias, novas fontes de ganhos mútuos, com possibilidades de fusões, aquisições, joint ventures, tanto com liderança brasileira quanto europeia.

Antonio Tajani, da Comissão Europeia (órgão que representa os interesses institucionais e comerciais dos países membros da União Europeia), disse, em seu discurso, que a cooperação entre os dois lados deve aumentar principalmente no nicho das micro e pequenas empresas e na área de inovação. “As micro e pequenas empresas brasileiras precisam se internacionalizar e podem fazer isso indo para a Europa. E as europeias necessitam buscar novos mercados e encontram muitos espaços no Brasil, que tem tido um crescimento extraordinário nos últimos anos”, afirmou.

O vice-presidente da Comissão Europeia informou ainda que os europeus pretendem aumentar as compras de matérias-primas do Brasil. O diretor de Operações da CNI avaliou que isso será positivo para o Brasil, desde que também haja esforços para aumentar as vendas de produtos manufaturados e semi-manufaturados brasileiros.

“A Europa é o nosso mais importante mercado para produtos manufaturados. As vendas desses produtos têm diminuído de importância na balança comercial brasileira e isso é ruim para a indústria e para o país, uma vez que foi esse setor que impulsionou o crescimento do Brasil no último ciclo de maior crescimento, de 2004 a 2008”, disse Abijaodi. “Por isso, temos de nos esforçar para aumentar também o comércio de manufaturados com a Europa, não só de commodities e produtos primários”, complementou.

A CNI assinou termo de compromisso com a Comissão Européia criando o projeto piloto para intercâmbio de jovens profissionais entre o Brasil e a Europa. A iniciativa visa fomentar as oportunidades de negócios entre jovens empresas brasileiras e européias.

A comitiva liderada pela Comissão Europeia tem 29 empresários, ligados a organizações como Fiat, Shell, Ternium, ArcelorMittal e Telefónica. Além da visita à CNI, os empresários também foram recebidos pela presidente Dilma Rousseff.

(Redação - www.ultimoinstante.com.br)



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