domingo, 25 de março de 2012

Indústria corta mais 19 mil vagas



A indústria voltou a cortar vagas no mês passado. Foram dispensados 19 mil trabalhadores na passagem de janeiro para fevereiro, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, defende que, estatisticamente, o resultado é considerado próximo da estabilidade: -0,5%. Mas, mesmo que a conta-gotas, o corte já chegou a 55 mil postos na comparação com fevereiro de 2011 (-1,5%).

"O indicador está mostrando estabilidade. Pode até haver tendência de queda na indústria, mas que não se confirma ainda em fevereiro", disse Azeredo. No Rio de Janeiro, o corte de vagas na indústria foi bastante considerável: uma queda de 8,6% no emprego industrial em relação a fevereiro do ano passado. "O parque industrial do Rio de Janeiro é pequeno, e a queda foi disseminada. Não tem explicação ainda", disse o gerente do IBGE. No total do País, à exceção da indústria e da construção - que se manteve estável -, houve aumento no número de vagas em todas as outras atividades em fevereiro ante janeiro: comércio (27 mil postos), serviços prestados a empresas (4 mil), educação, saúde e administração pública (36 mil), serviços domésticos (41 mil) e outros serviços (9 mil).

Desemprego sobe
A taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 5,7% em fevereiro, ante 5,5% em janeiro. O resultado ficou no piso das estimativas dos analistas, que esperavam taxa entre 5,7% e 6,1%. A mediana das expectativas estava em 5,9%. O rendimento médio real dos trabalhadores registrou variação de 1,2% em fevereiro ante janeiro e aumento de 4,4% na comparação com fevereiro de 2011.

A massa de renda real habitual dos ocupados no País somou R$ 38,7 bilhões em fevereiro, um aumento de 1,6% em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2011, a massa cresceu 5,8%.

Rendimento recorde
Já o rendimento médio real dos trabalhadores no País atingiu em fevereiro o patamar mais alto desde o início da série de histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), em março de 2002. A renda foi de R$ 1.699,70 em fevereiro, uma alta de 1,2% na comparação com janeiro. Em relação a fevereiro de 2011, o rendimento dos ocupados cresceu 4,4%.

Rendimento real1,7 mil reais foi o valor do rendimento médio real do trabalhador brasileiro em fevereiro, segundo apurou o IBGE o maior desde março de 2002.

Fonte:http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1118355 

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