domingo, 25 de março de 2012

Microcrédito impulsiona 200 mil empresas por ano


Quando chega o momento de expandir o negócio ou até mesmo salvá-lo da falência, os microempreendedores encontram dificuldades para obter crédito. O baixo faturamento e a escassez de bens financeiros levam os bancos a negar as solicitações por falta de garantia.

Para 200 mil microempreendores brasileiros, a solução surgiu no formato "pinga-pinga" do microcrédito -aporte oferecido em pequenos valores por bancos ou por Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público).


Gabo Morales/Folhapress
Aline Rodrigues pegou empréstimo para comprar tecido
Aline Rodrigues pegou empréstimo para comprar tecido
COMÉRCIO
O levantamento mostra também que empresários dos setores de comércio e serviços são os que mais recorrem a esse aporte, representando 55% e 28% do total dos clientes,
respectivamente.



Eugênio Vieira/Folhapress
Francisca Evangelista vai lançar setor infantil em sua loja
Francisca Evangelista vai lançar setor infantil em sua loja




EXIGÊNCIAS
"O diferencial do microcrédito está na exigência de garantias acessíveis ao empresário, como bens comerciais e fiadores", exemplifica Carlos Alberto dos Santos, diretor-técnico do Sebrae.

Esse é o panorama traçado pela pesquisa "Perfil das Instituições de Microfinanças no Brasil", realizada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em parceria com a ABCRED (Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças).

O estudo foi feito em 2011 com 75 das 103 Oscips cadastradas no MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
O valor médio dos empréstimos é de R$ 2.800. O teto, porém, é de R$ 15 mil, segundo as normas do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado, do MTE.

De acordo com Ana Maria Monteiro Filho, administradora do programa, a média é baixa porque o crédito "geralmente é oferecido em diferentes operações", conforme o pagamento é realizado em dia. Francisca Evangelista, 51, faz parte dessa maioria. Em 2009, ela usou o microcrédito para reformular a sua loja, a Vivi Modas Fashion. O resultado foi tão satisfatório que ela planeja nova injeção de capital para breve. "Em maio, vou pegar R$ 2.500 para criar uma seção de artigos infantis."

Aline Rodrigues, 21, sócia da loja de moda feminina Ruth Rodrigues, tinha uma barreira para fazer as coleções saírem do papel: falta de dinheiro para comprar tecido.

"Comecei em 2010 com R$ 50 no bolso e sem capital de giro", conta. Rodrigues tomou R$ 5.000 em crédito, divididos em três operações. Segundo ela, o faturamento anual do ponto saltou de R$ 18 mil para R$ 48 mil em três anos.

Outro tipo de garantia é a formação de grupos "em que todos os integrantes são responsáveis pela pontualidade no pagamento das dívidas".

Carolina Daffara/Editoria de Arte
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